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Deputados de MT repudia comentário de prefeito contra a UFMT I MT

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A avaliação do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), sobre a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), repercutiu negativamente não só entre professores e a comunidade acadêmica, mas também no campo político. Os deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) criticaram a fala do gestor e saíram em defesa da universidade, ressaltando sua capacidade técnica e funcionalidade ao longo dos 55 anos de existência.

Na última terça-feira (19), ao criticar a qualidade de ensino brasileiro, Abilio afirmou que a educação superior nas universidades públicas é precário e que “a faculdade pública no nosso estado é uma bosta”.

O presidente da Casa, Max Russi (PSB), foi contra o liberal e declarou que manifestações como as do bolsonarista são reprováveis e lembra que a universidade sempre teve um papel fundamental nos mais variados sentidos ao estado. Na contramão do discurso de Abilio, Russi defende que a função dos políticos deve ser a de fortalecer e ampliar o ensino público, para que mais estudantes tenham acesso.

“Então, eu acho que a universidade federal faz um papel muito importante, se dedica ao máximo, muitas vezes com dificuldade até de orçamento. Eu não concordo com a manifestação que venha a enfraquecer a universidade federal. Acho que o nosso trabalho, enquanto político, é trabalhar pelo fortalecimento do ensino público superior gratuito, a ampliação desse ensino para que mais alunos possam ter a oportunidade de cursar uma universidade federal. A UFMT já formou tanta gente. Nós poderíamos citar uma infinidade de desembargadores, promotores, juízes, empresários, profissionais liberais, políticos, enfim”, argumentou o presidente da AL.

O deputado Eduardo Botelho (União) foi mais enfático e pontuou que Abilio vem promovendo ataques sucessivos à educação pública. Ele cita como exemplo a tentativa do liberal em privatizar escolas municipais, a gravação do vídeo com estudantes em que afirma que adolescentes simpatizantes à esquerda não entendem matemática básica e, por fim, o ataque à universidade federal.

“Lamentável esse desrespeito que o prefeito vem demonstrando, não só com a Universidade Federal, mas, sobretudo, com os estudantes, expondo estudantes [episódio da semana passada]. A universidade federal formou as grandes vitrines como o governador Mauro Mendes, e eu, que me formei em engenharia. É uma falta de respeito, mas isso já é praxe dele, a gente já sabe que ele está expondo crianças, faz parte da índole do prefeito Abilio Brunini”, disparou Botelho, que cursou engenharia elétrica na UFMT.

Carlos Avallone (PSDB), que também foi aluno da universidade, pontuou que é absurda a colocação do prefeito sobre a universidade diante de sua relevância social e educacional, com reconhecimento nacional e no exterior. Diante da opinião pública a escola superior é motivo de orgulho.

“Infelizmente, o prefeito Abilio Brunini fez um comentário extremamente absurdo sobre a Universidade Federal de Mato Grosso. Eu sou ex-aluno formado pela universidade, como Botelho, Wilson Santos, Mauro Mendes e muitos, numa época que não havia cotas. Ele usou um termo chulo para se referir a nossa universidade federal, vocês conhecem meu perfil, dificilmente faço enfrentamentos que não sejam necessários, mas, se referir à universidade, como ‘bosta’, não pode ser permitido. A universidade é um pilar fundamental para o desenvolvimento do estado, atuando em diversas frentes para promover a cultura, e educação. A universidade também é bem posicionada nos rankings internacionais, motivo de orgulho para Cuiabá e Mato Grosso”, disparou.

Edna Sampaio (PT), que também é graduada pela universidade e servidora pública, exalta que a universidade merece respeito. Não cabe a um gestor público atacá-la, mesmo sendo de lados ideológicos diferentes.

“Manifesto meu repúdio ao que o prefeito de Cuiabá tem proferido contra instituições sérias, que precisam de respeito e esperam que, numa Capital, tenha respeito das autoridades públicas, ainda quando elas divirjam das posições políticas. O ataque que ele fez a Universidade Federal de Mato Grosso, que tem honrado o povo mato-grossense, formando milhares de pessoas. Tenho orgulho da minha trajetória na UFMT, de ser formadas pela universidade, participado de eventos, inclusive como banca de concurso público. Não cabe a um gestor municipal ou qualquer gestor e representante do povo, utilizar palavras de baixo calão para desqualificar uma instituição séria, e que tem contribuído com a formação de profissionais, desenvolvimento de ciência e tecnologia, a UFMT merece respeito. Acho que precisamos coibir esse tipo de postura, que desrespeita instituições democráticas”, declarou a deputada.

O deputado Diego Guimarães (Republicanos), aliado de Abilio, disse que o prefeito foi infeliz na fala e o próprio reconhece isso. De acordo com o parlamentar, o liberal se expressou equivocadamente, colocando em cheque a credibilidade da instituição, um ato reprovável.

“Formei na UFMT, pós-graduei na UFMT, fui professor na faculdade do Direito. Foi infeliz a fala do Abilio, ele me disse que a intenção dele era de dizer sobre o uso da UFMT para a militância da esquerda. Eu disse a ele que deveria se retratar e dizer que repudia e não concorda com pessoas que tentam utilizar a instituição para militância política. É uma instituição séria, a grande maioria dos alunos e professores querem difundir conhecimento e nosso estado deve muito à universidade”, amenizou o parlamentar.

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Presidente da Assembleia Max Russi cita preocupação de Mendes com BRT: “É preciso concluir” I MT

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O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), voltou a criticar o atraso nas obras do BRT (ônibus de trânsito rápido) em Cuiabá e defendeu que o consórcio responsável seja multado.

Ele afirmou ter conversado pessoalmente o governador Mauro Mendes (União) sobre o problema e disse que o chefe do Executivo demonstrou preocupação com o andamento das obras. (video abaixo)

“Já falei isso [sobre descontentamento] para o governador, pessoalmente: ‘Governador, precisamos alinhar essas obras, elas precisam avançar’”, disse.

“‘Nós estamos avançando bem na BR-163 e no Parque Novo Mato Grosso é isso é muito bom, mas precisamos concluir o BRT e o Portão do Inferno em Chapada dos Guimarães. São duas obras significativas e que o Governo precisa avançar’”, acrescentou Max detalhando a conversa com o governador.

Russi disse que Mendes também cobrou ao secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira, sobre o melhor andamento das obras do BRT.

“Ele também está preocupado. Ligou para o secretário e pediu agilidade nos encaminhamentos”, afirmou.

Desde o ano passado, a obra do novo modal tem causado transtornos aos cuiabanos, especialmente na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (do CPA).

O Consócio responsável pela obra é formado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A., Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda.

Em 7 de março, o Governo e o Consórcio chegaram a um acordo para a rescisão do contrato. Segundo este acordo, as empresas têm um prazo de 150 dias, ou seja até agosto, para finalizar o trecho que foi aberto na Avenida do CPA.

Em caso de não cumprimento, seria aplicada uma multa de R$ 54 milhões. O que não aconteceu até o momento.

 

Acusados de omissão

Para o presidente da Assembleia, o atraso da entrega não pode ser tolerado e exige que o contrato seja cumprido e que providências mais duras, como multa, sejam aplicadas. Para ele, a falta de aplicação pode ser tratada como “omissão” política por parte dos cuiabanos.

“Infelizmente, tem empresas que ganham licitação e não têm capacidade de fazer aquilo que se propõe fazer no prazo que se propõe fazer. Tem que multar! Tem que tomar providência porque se não fizer isso, a população vai achar que a gente é omisso, que a gente está deixando de fazer a nossa parte”, disse.

“Se as empresas não dão conta de fazer, que elas saiam e que empresas melhores assumam essa obra para concluir o mais rápido possível. Nós temos, em Mato Grosso, boas empresas, mas infelizmente tem também aquelas que não conseguem cumprir com a sua obrigação”, completou.

VEJA VIDEO:

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Vídeo; Professora é sequestrada por dupla na porta de casa; polícia faz buscas

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Familiares estão preocupados com a situação e não encontram explicação para o desaparecimento

Forças da Segurança Pública estão investigando o desaparecimento da professora Rosineide da Silva Pereira, 41, vista pela última vez sendo abordada por dois homens de moto na porta de casa, no fim da tarde de quinta-feira (11), em São José do Rio Claro (315 km ao médio-norte de Cuiabá). Ela foi levada pelos suspeitos no próprio carro, um Jeep Compass. Câmeras de segurança mostram o momento da abordagem. O veículo também não foi encontrado.

Reportagem apurou que amigos da professora, concursada no município e dá aula na rede pública, sentiram falta dela, que deixou de responder às mensagens. Eles foram até a casa dela, mas não a encontraram. O carro também não estava.

Porém, na porta da casa estava uma motocicleta com a chave na ignição. Câmeras de segurança registraram o momento que dois homens de moto param na casa da mulher, eles fazem a abordagem e saem no carro da vítima. Ao que tudo indica, até o momento, é que ela foi levada junto com a dupla – ainda não identificada.

Polícia Civil e Militar está mobilizada em busca da professora. Câmeras de segurança instaladas pela cidade estão sendo fiscalizadas para traçar a rota possível do veículo. Dentro da casa, não há sinais de arrombamento, nem mesmo de luta corporal.

A reportagem conversou com a cunhada da professora e narrou que a família está aflita com toda a situação, já que não há motivos para ela ter sido sequestrada. “É uma professora da cidade, não tem inimizades, então, estamos achando tudo isso bem estranho. Estamos mobilizados em busca de informações sobre o paradeiro dela”.

 

Informações podem ser passadas à polícia pelo 190 ou 187.

VEJA VIDEO DO MOMENTO;

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Deputados aprovam Projeto de Resolução que institui o Prêmio ALMT de Jornalismo

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Ideia é ampliar o acesso da população às informações e dados sobre as atividades do Parlamento e de seus deputados

Deputados estaduais de Mato Grosso aprovaram por unanimidade em segunda votação, durante sessão ordinária nesta quarta-feira (10), o Projeto de Resolução 764/2025, de autoria da Mesa Diretora, que institui o Prêmio ALMT de Jornalismo no âmbito do Poder Legislativo do Estado.

O artigo 2º do projeto, destaca que o prêmio visa estimular os trabalhos dos jornalistas que fazem a cobertura das atividades legislativas, além de destacar a relevância de suas contribuições para a sociedade mato-grossense, por meio da divulgação de assuntos discutidos em sessões plenárias, comissões permanentes e temporárias e audiências públicas que resultam em leis e outras ações da Casa de Leis.

O parágrafo 2º cita que os “cinco eixos do Prêmio ALMT de Jornalismo são: Telejornalismo, Reportagem em Texto, Radiojornalismo, Fotojornalismo e o Universitário”.

À Secretaria de Comunicação (Secom/ALMT), conforme o artigo 3º do projeto, caberá articular pessoas e instituições públicas e privadas para atuarem de forma coletiva e colaborativa objetivando o estímulo ao desenvolvimento dos trabalhos jornalísticos no âmbito estadual.

O artigo 4º destaca que ainda caberá à Secretaria de Comunicação, sob direção da Presidência da Assembleia, “a governança do Prêmio ALMT de Jornalismo competindo-lhe exercer todos atos que se fizerem necessários para o alcance das políticas públicas estabelecidas nesta Resolução, tais como: instituir colegiados representativos e consultivos temporários ou permanentes com representações do poder público, da academia e/ou do setor privado, instituir parcerias com entidades públicas ou privadas para a promoção da Política de Jornalismo no âmbito estadual e do Prêmio ALMT de Jornalismo”.

O parágrafo único do artigo 4º observa que “a gestão das atividades técnicas e funcionais do Prêmio ALMT de Jornalismo será realizada pela Secom/ALMT por intermédio de uma comissão específica, designada pela Mesa Diretora, responsável pelo exercício das atribuições necessárias para a concretização do prêmio”.

A Secom/ALMT, responsável pelo Prêmio ALMT de Jornalismo, será auxiliada pela Escola do Legislativo e pela Procuradoria-Geral da ALMT.

Será atribuição da Escola do Legislativo a promoção de capacitação para o desenvolvimento de competências dos profissionais e estudantes de comunicação, por meio de parcerias com outras instituições de ensino e empresas atuantes na área de comunicação.

Será atribuição da Procuradoria-Geral da ALMT a prestação de consultoria e assessoria jurídica que se fizerem necessárias para a realização do Prêmio ALMT de Jornalismo.

O projeto de resolução traz ainda, no artigo 7º, que a Secom/ALMT, uma vez autorizada pela Mesa Diretora, promova o evento correspondente ao Prêmio ALMT de Jornalismo, a ser realizado periodicamente, ao menos uma vez por ano, com abrangência a todos os jornalistas do Estado. Cita o parágrafo único que as instituições públicas e privadas poderão apoiar e patrocinar a execução de qualquer uma das técnicas ou categorias inscritas no concurso, sob a forma de concessão de recursos financeiros, autorizações para realizar cursos e workshops, entre outros.

O artigo 8º aponta que o edital do prêmio publicado por meio de ato próprio, que conterá o detalhamento geral do concurso. Em justificativa ao projeto de resolução, a Mesa Diretora declara que o Prêmio ALMT de Jornalismo “é um instrumento de valorização da atividade jornalística e de fortalecimento da relação entre o Parlamento Estadual e a sociedade mato-grossense”.

Conforme a Mesa Diretora, “a proposta parte do reconhecimento de que o jornalismo exerce papel essencial na consolidação da democracia, ao garantir o acesso da população à informação de qualidade, promover o debate público e fiscalizar as ações dos poderes constituídos. No contexto legislativo, essa atuação é ainda mais relevante, pois permite que os cidadãos compreendam os processos de elaboração das leis, acompanhem os trabalhos dos parlamentares e participem ativamente da vida política do Estado”.

Cita ainda a justificativa que “o projeto está alinhado com os princípios constitucionais da publicidade, da eficiência e da participação popular, e representa um avanço significativo na valorização da imprensa regional e na promoção de uma cultura democrática mais sólida e participativa”.

 

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