O animal foi recolhido pelo Núcleo Integrado de Fiscalização e levado até a margem de um rio, em Sorriso.
Uma dupla de pedreiros levou um baita susto ao receber a visita de uma jibóia enquanto trabalhavam na obra de uma casa, no Bairro Topázio, em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, nessa quarta-feira (16).
Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que a cobra atravessa a rua, sobe na calçada e fica parada atrás do homem que manuseia a betoneira. O vídeo mostra o momento que a dupla vê o animal e, claro, leva um susto (veja abaixo).
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O servidor público e proprietário da casa onde a obra está acontecendo, Rafael Maniezo, contou que essa não é a primeira vez que a cobra aparece na região, já que o bairro é localizado próximo a um rio e ela costumava andar pelas redondezas do local. No entanto, a região registrou um grande índice de incêndios nos últimos meses, o que levou Rafael a suspeitar que ela tinha morrido queimada.
“Moro ao lado de uma área de reserva, então é até comum aparecerem animais por aqui, como cobra e capivara. Um vizinho que sempre anda pela mata já tinha visto a cobra algumas vezes, mas como pegou fogo, a gente achou que tinha morrido. Mas aí ela apareceu enquanto estava fazendo uma reforma aqui em casa. Veio se aproximando, um deles viu, avisou o outro e ele se assustou e saiu correndo”, explicou.
Como a aparição do animal no bairro não é rara, os vizinhos já se acostumaram a levá-la carregada até o rio, mas, desta vez, Rafael disse que a medida adotada foi acionar o Núcleo Integrado de Fiscalização (NIF) para resgatar a jibóia e evitar que o animal sofresse um acidente.
“Há dois dias ela apareceu e a gente levou ela de volta para o rio, mas, desta vez, a solução foi chamar o NIF, que tem essa tarefa de recolher os animais peçonhentos e perigosos que aparecem na cidade. Eles a levaram para uma área mais afastada”, confirmou.
A espécie
Segundo o biólogo Marcos Ardevino, a jibóia é uma espécie que não representa perigo para os humanos. Embora possa ser grande e imponente, ela não é venenosa e tende a evitar o contato com pessoas.
“A espécie geralmente sobe em pequenos arbustos e pequenas árvores, se alimenta de pequenos invertebrados, roedores, aves, morcegos e lagartos”, disse.
Marcos explicou que a atitude de Rafael foi correta ao acionar o NIF já que, nesses casos, o recomendado é informar um órgão de resgate ou fiscalização para recolher o animal.
“O ideal é acionar uma instituição, eles resgatarem e soltarem em outro lugar mais conservado, como um local de mata ribeirinha seria um local interessante para soltar ela, longe de gente, porque infelizmente o pessoal vê e mata”, concluiu.