Um homem e um cachorro foram resgatados em cima de um colchão inflável que estava à deriva na lama e em meio aos destroços dos temporais que atingem o Rio Grande do Sul. Um vídeo gravado por militares do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) de Mato Grosso mostra o momento do resgate, nessa terça-feira (7). (assista abaixo)
VIDEO:
O Rio Grande do Sul já contabiliza 100 mortos e mais de 130 desaparecidos por conta das chuvas. Há 207,8 mil pessoas fora de casa e estima-se que mais de 1,4 milhão de pessoas já foram afetadas. O estado tem 401 dos seus 497 municípios com algum relato de problema relacionado ao temporal.
Segundo os militares, o homem estava tentando ir para casa caminhando, com a água na altura do peito, quando encontrou um colchão inflável e conseguiu subir. No caminho, achou o cachorro que estava quase se afogando.
Ainda conforme relatos dos socorristas, o homem já estava sem força, debilitado e com escoriações pelo corpo, quando a equipe o encontrou e fez contato com uma embarcação que o levou até um local onde o helicóptero pudesse pousar com segurança para fazer o resgate e encaminha-lo ao atendimento médico.
Os militares de Mato Grosso também resgataram seis cachorros, junto com famílias de Eldorado do Sul, região da Grande Porto Alegre, que está ilhada. Os animais foram levados para um local, onde recebem cuidados e são alimentados.
A chuva que persiste há pelo menos uma semana colocou o estado inteiro em situação de calamidade e deve continuar pelos próximos dias, causando mais estragos. O número de mortos já chega a 75 e dezenas de pessoas estão desaparecidas em meio às cheias, segundo a Defesa Civil.
O governo decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, o estado fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.
Os meteorologistas explicam que a catástrofe é resultado de pelo menos três fenômenos que afetam a região e foram agravados pelas mudanças no clima. E a tendência é de piora por conta da previsão de mais chuva.
A tragédia no estado está associada a correntes intensas de vento, a um corredor de umidade vindo da Amazônia, aumentando a força da chuva, e a um bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor.
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