Um bebê com 20 dias de vida, a mãe dele e outras seis pessoas da mesma família foram resgatadas nesta sexta-feira (10), por bombeiros de Mato Grosso, após ficarem ilhados em uma casa na cidade de Pelotas, em meio aos temporais que atingem o Rio Grande do Sul. Um vídeo registrado pelos militares mostra o momento do resgate. (assista abaixo)
VIDEO:
De início, a família estava com receio de deixar o local porque a mãe do bebê havia passado por uma cirurgia cesariana recentemente. Eles ficaram com medo do contato com a água contaminada causar alguma complicação.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o resgate foi planejado cuidadosamente para garantir que mãe e filho não tivessem contato com a água, que pode causar doenças.
Nessa terça-feira (7), militares de Mato Grosso também resgataram um homem e um cachorro em cima de um colchão inflável que estava à deriva na lama e em meio aos destroços.
Segundo os militares, o homem estava tentando ir para casa caminhando, com a água na altura do peito, quando encontrou um colchão inflável e conseguiu subir. No caminho, achou o cachorro que estava quase se afogando.
A chuva que persiste há pelo menos uma semana colocou o estado inteiro em situação de calamidade e deve continuar pelos próximos dias, causando mais estragos.
O Rio Grande do Sul contabiliza 100 mortos e mais de 130 desaparecidos por conta das chuvas. Há 207,8 mil pessoas fora de casa e estima-se que mais de 1,4 milhão de pessoas já foram afetadas. O estado tem 401 dos seus 497 municípios com algum relato de problema relacionado ao temporal.
O governo decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, o estado fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.
Os meteorologistas explicam que a catástrofe é resultado de pelo menos três fenômenos que afetam a região e foram agravados pelas mudanças no clima. E a tendência é de piora por conta da previsão de mais chuva.
A tragédia no estado está associada a correntes intensas de vento, a um corredor de umidade vindo da Amazônia, aumentando a força da chuva, e a um bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor.
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