A morte de Thays Machado e Willian César Moreno, de 44 e 30 anos, respectivamente completou um ano nessa quinta-feira (18) e a família da vítima lamenta a decisão da Justiça, que concedeu a Carlos Alberto Gomes Bezerra, de 57 anos, filho do ex-deputado federal Carlos Bezerra (MDB), o direito à prisão domiciliar, em novembro de 2023. Ele era ex-namorado de Thays.
Em entrevista, a mãe de Thays, Denise Machado, lamentou a decisão de manter o suspeito em prisão domiciliar e disse que o sentimento é “da certeza da impunidade”.
“O sentimento é de tristeza, mágoa e falta de justiça. Uma pessoa que mata e fica ileso…É uma hora que a gente chora e lembra, porque eu sou mãe solo e ela era uma doutora e a gente lamenta. Meu coração só tem dor, tristeza e mágoa”, diz.
Thays e Willian estavam no primeiro encontro quando foram assassinados. O casal se conheceu pela internet e mantinham um relacionamento há poucas semanas. Willian morava em São Paulo, mas tinha parentes em Cuiabá. Depois de trocar mensagens com Thays, ele decidiu viajar para a capital mato-grossense para se encontrar com a então namorada.
Na época, a defesa do empresário alegou que ele tem problemas de saúde e, por isso, a necessidade do tratamento realizado em casa. Os advogados destacam ainda que o acusado estaria com a saúde mental debilitada.
Em janeiro de 2023, Thays e Willian saíram para um primeiro encontro na capital mato-grossense, no Bairro Alvorada. De acordo com a polícia, Carlos Alberto Gomes Bezerra aguardava a saída do casal e perseguia eles.
Na época, a suspeita da polícia era de que o crime era passional, porque Carlos não aceitava o término da relação. De acordo com o delegado Marcel de Oliveira, responsável pela investigação do duplo homicídio, o suspeito premeditou o assassinato das vítimas.
Thays buscou Willian no aeroporto na madrugada do dia 18. Minutos após se encontrarem, o suspeito os abordou e os ameaçou. Com medo, as vítimas procuraram a delegacia para pedir ajuda e, no caminho, foram perseguidas pelo suspeito.
O prédio é da mãe vítima, que estava fazendo uma visita. Conforme o agente policial, o suspeito se aproximou de carro e atirou contra o casal.
Durante as investigações, familiares de Thays foram ouvidos e afirmaram que o suspeito era “extremamente ciumento e possessivo”. Ele e a vítima mantinham um relacionamento há alguns anos, entre idas e vindas. O término mais recente teria ocorrido há cerca de 45 dias.
A polícia descobriu que Thays Machado era monitorada pelo ex-namorado por meio de uma ‘central de controle’, com informações detalhadas do dia a dia da vítima.
Na casa do investigado, foram encontrados 71 prints de localizações dos lugares que a mulher frequentava. Carlos fazia o download no celular dele e, depois, imprimia a geolocalização. O investigado instalou os programas quando ainda se relacionava com a vítima.
Os investigadores encontraram ainda um caderno onde tinha as anotações com datas e locais que os aparelhos foram instalados. Assim, ele poderia saber até quanto tempo de bateria duraria os aparelhos de monitoramento.
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