Um trecho do Portão do Inferno, na MT-251, entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães (MT), foi bloqueado, nesta terça-feira (14), para o início da obra de retalhamento – uma espécie de cortes – no paredão. De acordo com a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), as interrupções serão feitas no sistema pare e siga e o tempo de espera dos motoristas que trafegarem pela rodovia poderá ser maior.
As obras anunciadas consistem no corte de parte do paredão para um novo traçado. Um dos engenheiros responsáveis pelo projeto explicou que será feito a retirada do maciço rochoso na curva do Portão do Inferno e a criação de taludes, uma série de cortes, que funcionam como degraus para impedir os deslizamentos de terra.
Segundo a secretaria, os bloqueios serão feitos a pedido da empresa que vai realizar a obra e precisa operar equipamentos de topografia de alta precisão.
Os dois sentidos da pista serão bloqueados por um período de 20 minutos a cada hora. A previsão é que os trabalhos sejam feitos entre às 7h e 18h. O tempo de espera nos pontos de parada pode durar entre 20 e 60 minutos dependendo do momento da passagem.
Em todos os outros dias, o trânsito vai operar diretamente no esquema pare e siga.
O Governo de Mato Grosso anunciou, em março deste ano, o início da obra de retaludamento no paredão do Portão do Inferno. De acordo com a equipe técnica, o governo firmou um contrato de R$ 29,5 milhões com a empresa Lotufo Engenharia e Construção, que será responsável pelo projeto.
O prazo para entrega da obra é de até 120 dias, segundo o governo.
Porém era necessária autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A autorização foi concedida no começo deste mês.
Um dos engenheiros responsáveis pelo projeto, Wilian Lopes, explicou que retaludamento consiste na retirada do maciço rochoso na curva do Portão do Inferno e a criação de taludes, uma série de cortes, que funcionam como degraus para impedir os deslizamentos de terra. Com isso, a estrada será recuada em dez metros, evitando também a passagem sobre o viaduto que existe hoje no local.
Segundo ele, o projeto prevê um novo traçado para a rodovia no km 46, que é considerado um dos pontos mais críticos do trecho.
De acordo com Willian, com esse novo traçado, os motoristas que passarem pela curva estarão mais seguros.
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