Pessoas de baixa renda e cadastradas no programa social CadÚnico, têm direito à tarifa social de energia elétrica, segundo o Governo Federal. A iniciativa foi adotada para permitir que os consumidores com renda mensal de um salário mínimo paguem menos pela eletricidade. Em Mato Grosso, o casal Maria Domingos e o Aparecido de Oliveira, conseguiram um desconto de 40% por estarem na conta social.
A dona de casa Maria disse que o benefício os ajuda a reduzir os gastos, já que ela é responsável pela renda familiar, porque o marido dela teve que amputar uma das pernas por complicações da diabetes.
“Meu marido é desempregado, não tem renda nenhuma. Só tem eu e não dá para nada [dinheiro]. Tenho que trabalhar limpando chão, lavando e passando roupa dos outros, para ganhar alguma coisinha para eu pagar o que devo”, disse.
Neste mês, a conta de energia do casal chegou a aproximadamente R$ 60,mas, era para ser cerca de R$ 100, mas eles tiveram o desconto por estarem cadastrados no programa social.
“Se fosse um pouco mais caro, não teria como pagar. A energia é um dinheiro que a gente tira e, às vezes, faz falta até para comer”, contou o motorista, Aparecido.
Segundo a concessionária de energia de Mato Grosso, Energisa, para ter acesso à tarifa social de energia elétrica, é obrigatório estar cadastrado no CadÚnico e procurar a Energisa para verificar se tem acesso no benefício. Os mato-grossenses que estejam no Benefício de Prestação Continuada (BPC) também têm direito ao auxílio, além de indígenas e quilombolas.
Já aqueles que possuem algum parente ou familiar que necessite de um equipamento eletrônico por questões de saúde e recebe até três salários mínimos, também poderão recorrer à tarifa social.
A Energisa comunicou que é necessário ir até a concessionária com documentação oficial e a unidade consumidora para identificar a possibilidade de ter acesso ao benefício.
Atualmente, Mato Grosso tem mais de 203 mil pessoas na conta social, segundo dados da Energisa, mas, muitas pessoas têm direito e não estão dentro do benefício por estarem com o cadastro único desatualizado. Para atualizar, é necessário ir ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) mais próximo.
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