José Edson Douglas Galdino Santos, de 25 anos, é suspeito de matar a jovem para usar digital e desbloquear o celular da vítima. O suspeito morava com Lorrane Cristina Silva de Lima, de 23 anos, há três semanas e tem passagem criminal por perseguição contra uma ex-namorada.
O suspeito de matar Lorrane Cristina Silva de Lima, de 23 anos, e deixar os filhos dela trancados com o corpo da mãe foi indiciado por feminicídio, estupro e ocultação de cadáver. O inquérito foi concluído nesta terça-feira (26), pela Polícia Civil. O crime aconteceu no começo deste mês, em Diamantino, a 209 km de Cuiabá.
O inquérito já foi encaminhado ao Poder Judiciário. Atualmente, José Edson Douglas Galdino Santos, de 25 anos, está preso no Pará.
O delegado informou que já solicitou a transferência do suspeito para Diamantino.
Entenda o caso
Lorrane Cristina Silva de Lima foi encontrada morta a facadas dentro de casa, junto com os filhos menores de idade, no Bairro Pedregal, em Diamantino. O crime aconteceu no dia 13 deste mês.
A diretora do colégio que as crianças estudam, acionou a polícia depois de estranhar que os filhos da vítima faltaram às aulas por dois dias seguidos. Quando as equipes chegaram na casa, junto ao Conselho Tutelar, os filhos da vítima disseram que não tinham a chave do portão, que a mãe estava dormindo e que o padrasto teria ido comprar remédio.
Os policiais pularam o muro e encontraram o corpo da vítima em estado de decomposição em um dos quartos e uma faca ao lado. As crianças foram entregues para a equipe do Conselho Tutelar e estão em um Lar para crianças.
Motivação e prisão
José Edson teria cometido o crime para conseguir usar a digital da vítima e desbloquear o celular dela, segundo o delegado Marcos Bruzzi. Após cometer o feminicídio, o suspeito fugiu com o aparelho da mulher. Segundo a polícia, ele morava com a vítima há três semanas e tem passagem por perseguição contra uma ex-namorada, que tem medida protetiva.
Ainda de acordo com o delegado, o casal vivia na companhia dos filhos de Lorrane, de 7 anos e de 5 anos, que têm transtorno do espectro autista. A família da vítima disse à polícia que o suspeito era uma pessoa ciumenta.
“O filho da vítima, de 7 anos, disse que o padrasto e a vítima discutiram, porque o suspeito queria acessar o celular dela. Ele a esfaqueou e usou o dedo dela para desbloquear o aparelho. Em seguida, mandou as crianças para o quarto, disse que iria comprar remédio e trancou elas dentro da casa”, disse.
José Edson foi preso seis dias após o crime, em Rurópolis, no Sudoeste do Pará. Ele foi encontrado na rodoviária do município paraense, tentando fugir.