Roberto Zampieri foi morto no dia 5 deste mês, com ao menos 10 tiros. Polícia informou que o intermediário é o terceiro preso envolvido no crime, já que a mandante e o atirador já haviam sido detidos em outras ocasiões.
Um homem foi preso, na manhã desta sexta-feira (22), suspeito de ser o intermediário e responsável por contratar o atirador que matou o advogado Roberto Zampieri com pelo menos 10 tiros, no dia 5 deste mês, em Cuiabá. O suspeito foi preso em Belo Horizonte, Minas Gerais e foi apontado pela Polícia Civil como o terceiro envolvido no crime.
Segundo a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), as investigações apontaram que o intermediário contratou o atirador, que foi preso em Santa Luzia (MG), pelo valor de R$ 40 mil.
A polícia também confirmou que o intermediário deu uma pistola, registrada no nome dele, para o atirador. O encontro entre o contratante e o executor, para a entrega da arma, teria acontecido em um hotel onde os dois teriam se hospedado, segundo as investigações.
De acordo com delegado responsável pelo caso, Edison Pick, o atirador e a empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, suspeita de mandar matar o advogado já foram ouvidos pela polícia e passaram por audiência de custódia, quando a Justiça decretou a prisão preventiva dos dois.
“A Polícia Civil acredita no envolvimento da mulher devido à disputa de terras que ela travava com o advogado. Existem vários boletins de ocorrência um contra o outro. A polícia tem como principal suspeita de mandante a empresária, mas agora vamos fazer os vínculos entre os demais investigados”, explicou.
Entenda o caso
No dia 5 deste mês, o advogado Roberto Zampieri, de 57 anos, morreu após ser baleado com pelo menos 10 tiros dentro do próprio carro, em Cuiabá.
Vídeos de câmera de segurança mostram o momento em que a vítima é surpreendida por um homem de boné, que disparou pelo vidro do lado do passageiro, e fugiu em seguida.
Em um novo vídeo, é possível ver o advogado, com o sócio e o atirador conversando no escritório da vítima.
Já a empresária e farmacêutica, Maria Angélica Caixeta Gontijo, foi presa na quarta-feira (20) suspeita da mandar matar o advogado. Segundo a Polícia Civil, Maria Angélica teria ordenado o assassinato do advogado após ter perdido uma disputa judicial por uma fazenda de cerca de 20 mil hectares na cidade de Ribeirão Cascalheira (MT), região do Vale do Araguaia. O advogado assassinado era a parte contrária na ação.
Em nota, o advogado Cássio Araújo, que representa a empresária, afirmou que as acusações de homicídio são ‘fatos inverídicos” e que, ao ser ouvida pela autoridade policial, ela “negou veementemente qualquer participação no crime, respondeu a todos questionamentos feitos e concordou em voluntariamente entregar seus aparelhos celulares com as respectivas senhas para que sejam periciados”. Ele também disse que tomará as medidas cabíveis para que ela possa ser colocada em liberdade.