Categories: FeaturedMAIS MT

STF forma maioria para manter intervenção na Saúde de Cuiabá | Mato Grosso

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter intervenção na Saúde de Cuiabá. O julgamento foi realizado nessa sexta-feira (24), mas foi suspenso após um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. Apesar disso, o plenário formou maioria, já com 7 votos, para manter a intervenção.

Os ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cristiano Zanin e o presidente Luís Roberto Barroso acompanharam.

A TV Centro América entrou em contato com o MDB, que ingressou com a ação, e ainda aguarda posicionamento.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade foi proposta pelo MDB Nacional, partido do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, que pediu que a intervenção fosse declarada inconstitucional e suspensa.

Entre os argumentos, o partido alegou que deveria ter na Constituição Estadual, princípios indicados para justificar a intervenção no município, o que não existe.

A relatora, Carmen Lúcia, foi a primeira a votar e argumentou que o pedido do MDB não se sustentou e que a Constituição da República não exige tal medida.

“Sendo desnecessária a reprodução literal na Constituição estadual como condição autorizativa para a intervenção do Estado em seus Municípios, por inexistir autonomia para modificá-lo”, disse a relatora.

Após os votos dos 7 ministros, Gilmar Mendes pediu vista. Com isso o julgamento pode ser retornado em até 90 dias. O julgamento estava previsto de se encerrar na sexta (24).

A intervenção

 

O Gabinete de Intervenção foi montado após a Assembleia Legislativa ter aprovado o texto do decreto em plenário, por 20 votos a dois. No dia 9 de março, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) determinou a intervenção do governo estadual na pasta da saúde da capital.

O decreto de intervenção foi encaminhado para a Assembleia por causa de uma Proposta de Emenda na Constituição (PEC) aprovada no início deste ano, no qual estabeleceu que os deputados devem aprovar em plenário o texto do decreto feito pelo governador Mauro Mendes (União Brasil). Os parlamentares também irão acompanhar os trabalhos da intervenção a partir de uma comissão.

Essa é a segunda vez que há determinação de intervenção na Saúde da capital. Na primeira vez, no entanto, o processo foi suspenso, dias após iniciado.

A intervenção aprovada pelo órgão especial do TJMT deve durar 90 dias – prorrogáveis pelo menos período, exclusivamente na Saúde, com fiscalização do TCE.

No dia 12 de maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter o Gabinete de Intervenção do governo estadual na Secretaria de Saúde. O julgamento foi virtual e durou sete dias. Rosa Weber, que na época era a relatora do caso, entendeu que a intervenção é uma ferramenta legítima como resposta para os seguidos descumprimentos de decisões judiciais por parte da secretaria.

O Noroeste

Recent Posts

MT tem a maior taxa de prevalência de hanseníase do país I MT

Ministério da Saúde revela que, em 2023, o Estado teve 14,34 casos da doença para…

3 horas ago

Combate à fome e financiamento para ações climáticas serão legado, diz Ministro

A Aliança Global de combate à fome e o financiamento de nações ricas a ações…

3 horas ago

As experiências de outros países com jornada de trabalho reduzida

O economista Thomas Coutrot afirma que proposta de escala 4x3 tem grande aceitação pública, mas…

3 horas ago

Operação desmonta esquema de garimpo ilegal em Terra Indígena I MT

O cianeto, composto químico para o refino de minério, é usado no garimpo ilegal em…

4 horas ago

Audiência pública é marcada por ato de reconhecimento do corredor biocultural do rio Paraguai

O Dia do Rio Paraguai nasceu da luta dos comitês populares, até se transformar em…

4 horas ago

Botelho recebe embaixador de Israel, Daniel Zonshine, e ressalta potencial agropecuário de MT

O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Dohar Zonshine e o adido comercial Ari Fischer,…

4 horas ago