Conhecido como bioluminescência, o fenômeno foi encontrado em um cupinzeiro brilhante, no tronco de um pé de jatobá.
Um fenômeno natural em uma chácara em Nossa Senhora do Livramento, a 39 km de Cuiabá, chamou a atenção do fotógrafo Valdeir de Souza. Conhecido como bioluminescência, o fenômeno foi encontrado em um cupinzeiro brilhante, no tronco de um pé de jatobá.
Valdeir é fotógrafo profissional, mora em Juara, a 690 km de Cuiabá e viaja o estado de Mato Grosso registrando paisagens e pessoas. Segundo o fotógrafo, essa foi a primeira vez que ele registrou o fenômeno natural de bioluminescência.
“Eu cheguei perto, coloquei a câmera no chão, aproximei e o primeiro ‘click’ foi o que ficou bonito. Explorei outros locais, mas o primeiro ficou mais bonito por causa da árvore que completa a imagem”, diz.
Mesmo após a foto, o fotógrafo ressalta que só conseguiu o resultado utilizando técnicas de fotografia e uma câmera profissional.
🧐Mas o que é bioluminescência?
Segundo o professor de física da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Eralci Therézio, os vaga-lumes evoluíram emitindo luz para se reproduzir e buscar alimentos. O motivo da emissão do brilho está no fato de que as larvas possuem uma substância chamada luciferina, que reage com o oxigênio e gera energia em forma de luz fria.
“Os vaga-lumes emitem a luz através de uma molécula específica. A gente consegue quantificar a luz que esses animais emitem e utilizar uma molécula parecida para formular leds e usar na tecnologia”, conta.
Quando as larvas de vaga-lume se instalam nos buracos dos cupinzeiros e começam a brilhar, as aleluias são atraídas de volta pela luminosidade. Basta uma delas se aproximar da larva que um golpe certeiro provocado pelas grandes pinças já aprisiona as moradoras.