O senador Jayme Campos (União) desqualificou a pesquisa que colocou Várzea Grande entre as piores cidades do país no ranking de saneamento básico. Na avaliação do parlamentar, o Instituto Trata Brasil não teria qualificação para apresentar tais dados.
“Dá a impressão que Várzea Grande é um deserto. O Brasil, por incrível que pareça, há dados da própria Organização Mundial de Saúde que 17% de casos de mortas desconhecidas vem da questão do saneamento básico”, disse nesta quinta-feira (21).
Segundo ele, o principal motivo pelo qual a cidade tem problemas de saneamento é que sua população acima da média e isso dificultou por anos a universalização do saneamento básico.
“Mas estamos resolvendo o problema. Nós inauguramos esses dias uma estação de água. Isso vai permitir que Várzea Grande dobre a sua produção e irá melhorar a distribuição, acabar com o desperdício. Tudo isso é um conjunto de medidas tomadas pela prefeitura, pelo poder público, para melhorarmos“, explicou.
“Sobre o esgoto sanitário, são poucas cidades do Brasil que têm a questão do esgotamento resolvido. É raro o município, o estado da federação que tem 100% de esgotamento sanitário. Mas, agora, a prefeitura vem fazendo e vai inaugurar estação de tratamento de esgoto que vai atender pelo menos 17 bairros da cidade. Isso a pesquisa não mostra”, completa.
O estudo do Trata Brasil é feito há 10 anos e o município aparece em todos eles, oscilando pouco na lista. Os moradores de Várzea Grande, separada da Capital apenas pelo rio Cuiabá, enfrentam problema crônico de fornecimento de água, coleta de lixo e tratamento de esgoto. A edição do Jornal A Gazeta de quarta mostrou que há 2 meses os varzea-grandenses estão sem água nas torneiras.
Várzea Grande se mantém na 92° no ranking de saneamento pelo segundo ano consecutivo. A cidade está entre as piores colocações nos últimos dez anos, alterando apenas a posição. No levantamento divulgado foram considerados como indicadores o atendimento total de água, atendimento total de esgoto e seu tratamento.
No indicador de investimentos totais por habitantes, a cidade ficou na última colocação dos 100 da lista, com o investimento de apenas R$ 25,91, ficando com a nota 1,12 no quesito.
