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sexta-feira, janeiro 24, 2025
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Seis suspeitos são alvos da 2ª fase de operação que investiga comercialização de madeira ilegal e tráfico de drogas em MT e PI

A Polícia Civil deflagrou a segunda fase da Operação Rota do Sertão, que investiga um esquema de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, adulteração de veículos e crimes ambientais, em Sinop, a 503 km de Cuiabá, nesta sexta-feira (24).

São cumpridos seis mandados de prisão preventiva e dois de busca e apreensão nos municípios de Sinop, Lucas do Rio Verde, Guarantã do Norte e Picos (PI).

O grupo usava a cidade de Sinop como base estratégica para enviar drogas ao Nordeste, além de cargas de madeira ilegal a estados do Sudeste do país. Para o transporte das cargas ilegais, os suspeitos colocavam as cargas em caminhões clonados para diminuir as perdas em caso de apreensão das cargas.

Segundo a polícia, a droga era adquirida na fronteira do Brasil com a Bolívia e levada até Sinop, de onde era transferida para outra carreta, com cargas ilegais de milho, e seguiu para o Nordeste. A prática era elaborada para evitar que um caminhão suspeito fosse interceptado durante o deslocamento para outras regiões do país.

Um veículo com restrição de roubo era usado para transportar as peças a outro caminhão do grupo investigado. Na época, as equipes apreenderam o veículo e o responsável foi preso em flagrante.

1ª fase da operação

 

A droga foi obtida na fronteira do Brasil com a Bolívia, transportada até um entreposto em Sinop e depois foi transferida para outra carreta — Foto: Polícia Civil de Mato Grosso
A droga foi obtida na fronteira do Brasil com a Bolívia, transportada até um entreposto em Sinop e depois foi transferida para outra carreta — Foto: Polícia Civil de Mato Grosso

Em outubro, um esquema envolvendo empresas de fachadas, abertas em nome de “laranjas” para comercialização de madeira ilegal, foi descoberto em Sinop, durante a Operação Rota do Sertão.

Na época, fora cumpridos dois mandados de prisão temporárias, seis mandados de busca e apreensão e o sequestro de 22 carretas e 4 carros avaliados em cerca de R$ 10 milhões. As medidas foram cumpridas nas cidades de Sorriso, Lucas do Rio Verde, Guarantã do Norte e Tapurah.

Para esconder o fluxo de dinheiro e os bens adquiridos, o grupo criminoso criava empresas de fachada, registradas em nome de terceiros, conhecidos como “laranjas”.

Durante as investigações, foram apreendidas cerca de 800 kg de cocaína, na cidade de Picos, interior do Piauí. A apreensão aconteceu quando a droga era transportada de caminhão para o Porto de Pecém, no Ceará.

Crime ambiental

 

Segundo a Polícia Civil, uma carga de madeira transportada sem documentação ambiental regular foi apreendida em uma das abordagens realizadas em Goiânia (GO), caracterizando crime ambiental.

As empresas têm uma frota de 22 caminhões e as sedes localizadas na residência de suspeitos ou em terrenos baldios.

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