O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será submetido a um novo procedimento médico na manhã de quinta-feira (12/12). De acordo com o médico Roberto Kalil Filho, responsável pela saúde do presidente, a embolização de artéria meníngea média já estava prevista anteriormente e é um procedimento “de baixo risco”. O Correio conversou com um especialista para entender a cirurgia.
O neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, especialista em doenças cerebrovasculares, ressaltou a segurança, eficácia e rápida recuperação do procedimento. Ele explica que a cirurgia é realizada sem necessidade de incisões ou cortes, utilizando apenas uma punção para acessar a artéria meníngea média, responsável pela irrigação da cápsula que provoca o sangramento do hematoma.
“Podemos acessar essa artéria pela via femoral, com uma punção na virilha, ou pela via radial, com uma punção no braço. Navegamos o cateter até a artéria meníngea média e, uma vez nela, injetamos substâncias que a fecham, interrompendo a irrigação da cápsula”, explicou.
As substâncias utilizadas para obstruir a artéria podem ser micropartículas — pequenas esferas que bloqueiam o fluxo sanguíneo — ou um agente líquido embólico, uma espécie de cola que sela o vaso de forma eficaz. “Esse procedimento reduz significativamente as chances de recidiva do hematoma, especialmente quando associado à drenagem, como no caso recente do presidente Lula. A taxa de sucesso terapêutico é muito alta”, afirmou o especialista.
Apesar de ser uma intervenção invasiva, por envolver cateterismo, Espíndola destacou que a embolização apresenta riscos muito baixos. “A artéria meníngea média é um ramo da artéria carótida externa, que irriga estruturas como face, couro cabeludo e olhos. Isso reduz os riscos, já que não mexemos nas artérias que irrigam o cérebro diretamente”, explicou.
A recuperação dos pacientes é bastante simples. “Normalmente, deixamos o paciente internado por 24 a 48 horas, e a principal preocupação no pós-operatório é o cuidado com o local da punção, seja na perna ou no braço. Do ponto de vista cerebral, praticamente não há sintomas ou sequelas. É um procedimento muito seguro e de recuperação muito tranquila”, acrescentou.
Espíndola também destacou que, em muitos casos, o paciente pode retomar atividades leves em cerca de 48 horas após a embolização, tornando essa técnica uma opção atraente para aqueles que precisam voltar à rotina rapidamente. “A taxa de recidiva é muito baixa. Embora não possamos falar em risco zero na medicina, a embolização, quando combinada à drenagem, apresenta uma taxa de sucesso muito alta”, concluiu.
Salário inicial para o cargo de soldado de segunda classe temporário pode chegar a R$…
Dr. Eugênio de Paiva (PSB) cobrou reflexão sobre a importância dos produtores de leite e…
O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) apresentou um projeto de lei (PL) para obrigar o…
O deputado estadual Thiago Silva (MDB) foi homenageado, na última sexta-feira (13), no município de…
Com a chegada das festividades de final de ano, mais uma turma de mulheres concluiu…
Inconformado com uma Hilux que estava trancando a saída de seu escritório de advocacia, um…