O secretário de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso, defendeu ações mais duras em relação ao contato de presos faccionados e os contatos deles fora dos muros da prisão. A fala faz referência às visitas íntimas e também aas conversas com advogados.
“Acho que precisamos tomar novas medidas para termos resultados diferentes. Acho que essa questão da gravação, ela cabe uma mudança na legislação; a questão de visita íntima também passa por uma mudança na legislação. É óbvio que a gente precisa de uma modernização e mudança no arcabouço jurídico para que não só a Segurança Pública, mas o sistema de Justiça possa atuar mais fortemente dentro do sistema penitenciário”, destacou Roveri, em entrevista em Conexão Poder.
Essa semana, conforme noticiado pelo Portal O Documento, a Operação Gravatas, deflagrada pela Polícia Civil, foram presos 4 advogados por envolvimento em atos ilícitos, que eram coordenados pela facção Comando Vermelho. Três alvos de mandato eram dessa facção e já se encontravam presos em Cuiabá.
A investigação da Delegacia de Tapurah aponta que os líderes da facção criminosa se associaram de forma estruturalmente ordenada aos quatro advogados, que realizavam diversas tarefas para além da atividade jurídica legal, ou seja, atuaram à margem da lei com o propósito de embaraçar investigações policiais, repassar informações da atuação policial em tempo real, auxiliar em crimes graves, como tortura, realizando o levantamento de dados das vítimas.
“Aqui no Mato Grosso temos feito o dever de casa. Feito unidades mais modernas, temos buscado soluções tecnológicas como o bloqueador de sinal que pretendemos expandir para todo estado e estamos buscando referências também em outros estados para que possamos aplicar aqui em MT”, finalizou Roveri.