investigação teve início após um depoimento de ‘Sandro Louco’, chefe de uma facção criminosa, onde confessou que um mercadinho, operando dentro da Penitenciária Central do Estado, possui ligação com o Comando Vermelho.
Um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) foi aberto, nesta terça-feira (3), contra os envolvidos na Operação Nexus, que investiga a conexão de agentes públicos com o crime organizado, incluindo um possível vínculo com o Comando Vermelho, segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp). De acordo com a pasta, todas as medidas cabíveis contra os suspeitos serão adotadas para ajudar na investigação.
A Sesp informou ainda que fornecerá suporte ao Grupo de Atuação Especial contra ao Crime Organizado (Gaeco), quando houver outros desdobramentos do caso.
A investigação teve início após um depoimento de Sandro da Silva Rabelo, conhecido como ‘Sandro Louco’, chefe de uma facção criminosa e considerado de alta periculosidade. Durante o depoimento, ele confessou que um mercadinho, operando dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, possui ligação com a organização criminosa que liderava.
Durante a operação desta terça, quatro mandados foram cumpridos nas casas dos investigados, enquanto que um mandado foi cumprido na Associação dos Servidores da Penitenciária Central (Aspec). A operação teve como objetivo reunir documentos que comprovem vínculos de transações financeiras e aquisição ilegal de bens.
Segundo o Gaeco, apesar da Associação não possuir capital social, movimentou mais de R$ 13 milhões, em 3 anos e 9 meses.
Na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, foco da operação do Gaeco, a Sesp disse que iniciou uma série de medidas, como operações de busca e varredura, substituição da equipe de direção e mudanças nos procedimentos de acesso à unidade.
A operação está alinhada com as ações do Governo de Mato Grosso no âmbito do Programa Tolerância Zero ao Crime Organizado, lançado no último dia 25 de novembro.