A Secretaria Municipal de Saúde emitiu uma alerta, nessa quinta-feira (26), para risco de chuva ácida em Cuiabá. Até a última quarta-feira (24), a capital estava há 160 dias se chuva.
Conforme o boletim, é necessário que a população evite tomar banho de chuva, pois as águas dessa época possuem uma maior incidência de dióxido de carbono (CO2), que pode ocasionar irritação na pele, principalmente em crianças, que possuem uma sensibilidade maior.
A chuva ácida é causada pela reação de óxidos de nitrogênio e enxofre, que são ácidos produzidos pela combustão de combustíveis fósseis e carvão com a água. Essas substâncias são liberadas na atmosfera por incêndios, queima de combustíveis em veículos e lançamento de substâncias por chaminés industriais.
No dia 27 de agosto, a Defesa Civil informou que 14 municípios de Mato Grosso estão sob decretos de situação de emergência por seca severa ou estiagem.
A estiagem severa fez com que nascentes em áreas de preservação secassem. De acordo com a geóloga Chauanne da Cunha, das 316 nascentes monitoradas, 80% são intermitentes, ou seja, que podem secar naturalmente, porém muitas já deveriam ter retomado o fluxo de água, mas continuam secas.
A falta de água nas nascentes que abastecem córregos e rios refletem também na seca no Pantanal. Segundo o pesquisador e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Ibraim Fantim, a chuva foi abaixo da média e os mananciais subterrâneos também sentem esse impacto.
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