De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta quarta-feira (10/1) pelo instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deve somar 306,5 milhões de toneladas em 2024. O valor representa queda de 8,9 milhões de toneladas (2,8%) em relação à safra de 2023, a qual apresentou aumento de 52,2 milhões de toneladas (19,8%) em relação a 2022.
A queda se deve, principalmente, a uma previsão de queda de 13,2 milhões de toneladas (12,8%) na produção do milho 2ª safra, de 925 mil toneladas (3,3%) do milho 1ª safra, de 519 mil toneladas (12,1%) na produção de sorgo e de 254 mil toneladas (3,3%) na produção de algodão herbáceo.
O gerente do LSPA, Carlos Barradas, explicou que o ano de 2023 apresentou recorde de produção, com 315,4 milhões de toneladas, o que o torna uma base de comparação alta e atípica.
“Em 2023, houve recorde de produção da soja, do milho, do sorgo e do algodão. Em 2024, é estimado recorde apenas para a soja, que deve somar 154,5 milhões de toneladas, aumento de 1,3% em relação a novembro, e consolidando um aumento de 1,7% em comparação à quantidade produzida em 2023, devendo representar quase metade do total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzidos no Brasil no ano”, destrinchou.
A estimativa do instituto também prevê, porém, crescimento de 2,5 milhões de toneladas (1,7%) na produção de soja, de 123 mil toneladas (4,2%) na produção de feijão, de 162 mil toneladas (1,6%) na produção de arroz e de 2,5 milhões de toneladas (33%) na de trigo.
As previsões referentes à área de produção enxergam aumentos de 4,9% para o arroz em casca, 0,6% para o trigo, 0,2% para o algodão herbáceo em caroço, 4% para o feijão e 0,9% para a soja. Por outro lado, devem sofrer quedas as áreas do sorgo (2,3%), do milho 1ª safra (5,0%) e do milho 2ª safra (4,3%).
“Em 2024, devido aos problemas climáticos, possivelmente devemos ter uma redução na janela de plantio do milho de segunda safra, principal período de produção do cereal. Mas, desde o primeiro prognóstico, estamos esperando uma redução na produção do milho devido à queda de preços e aos problemas climáticos”, acrescentou Barradas.
* Estagiário sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza
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