Situações inusitadas, registros incríveis da natureza e casos que tiveram vários desdobramentos. Antes que o ano termine, relembre os assuntos que mais repercutiram em Mato Grosso ao longo de 2024.
Abaixo, serão revisitadas as seguintes reportagens:
Na época, o chanceler da Arquidiocese, padre Luilson Sávio, disse que encarou o ocorrido com os “olhos espirituais”. Em agosto, a imagem foi restaurada e voltou a ser exposta na Catedral Senhor Bom Jesus a partir de setembro. Segundo os especialistas que restauraram a estátua, o principal desafio do processo foi reconstruir a cabeça da imagem que estava quebrada em vários pedaços.
Em fevereiro, o fotógrafo Valdeir de Souza registrou o momento em que um cupinzeiro, no tronco de um pé de jatobá, é ‘invadido’ por vaga-lumes que estavam em busca de alimento. O incrível registro aconteceu em uma chácara em Nossa Senhora do Livramento, a 39 km de Cuiabá. Esse fenômeno natural é conhecido como ‘bioluminescência’ e chamou a atenção em várias partes do país.
Segundo o professor de física da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Eralci Therézio, os vaga-lumes evoluíram emitindo luz para se reproduzir e buscar alimentos. O motivo da emissão do brilho está no fato de que as larvas possuem uma substância chamada luciferina, que reage com o oxigênio e gera energia em forma de luz fria.
Um levantamento feito pelo g1 em março deste ano mostrou que a Gruta da Lagoa Azul, em Nobres, a 151 km de Cuiabá, estava sendo alvo de visitas proibidas. O local está interditado desde 2002 devido à degradação da área. À época, o Ministério Público do Estado (MPE) informou que existem inúmeras denúncias de que guias de turismo clandestinos promovem passeios irregulares na Gruta, sem informar os turistas sobre a proibição.
Uma fotógrafa ouvida disse, que não quis ter a identidade divulgada, contou que realizou uma sessão de fotos na área paradisíaca sem saber das restrições. Segundo ela, todo o passeio foi preparado por um suposto profissional da área de turismo. O valor da visita chega a custar R$ 250 por pessoa.
No dia 21 de abril, a pecuarista Ines Gemilaki, de 48 anos, e o filho, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz, de 28 anos, invadiram uma casa e mataram dois idosos, identificados como Pilson Pereira da Silva, de 69 anos, e Rui Luiz Bogo, de 81 anos, em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá. Durante a ação, o padre José Roberto ficou ferido.
Conforme investigações, a suspeita de motivação do crime seria um desacordo comercial envolvendo pagamentos de aluguel da casa invadida. Segundo a polícia, o principal alvo do ataque era o dono da casa, que não foi atingido pelos tiros.
Dois dias após o crime, o marido de Ines, Marcio Ferreira Gonçalves, de 45 anos, e o irmão dele, Eder Gonçalves Rodrigues, foram presos por participação no crime. No mesmo dia, Ines e Bruno se entregaram à Polícia Civil.
Em maio, os quatro suspeitos foram indiciados e Bruno foi impedido de exercer a profissão por decisão do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT).
Segundo a Polícia Civil, os quatro devem responder pelos crimes de homicídio qualificado consumado, homicídio qualificado tentado e associação criminosa. Márcio foi solto e ficou de fora da denúncia do Ministério Público.
Já Ines, Bruno e Eder foram denunciados pelo Ministério Público pela morte de dois idosos e pela tentativa de homicídio contra o padre. Os três seguem presos.
Na madrugada do dia 12 de maio, a deputada federal Amália Barros (PL) morreu aos 39 anos. Ela estava internada desde o dia 1º de maio por conta de um nódulo no pâncreas.
Eleita deputada federal em 2022 por Mato Grosso, Amália era vice-presidente do PL Mulher nacional e integrou as comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, dos Direitos da Mulher e da Educação na Câmara dos Deputados.
Paulista de Mogi Mirim e formada em Jornalismo, Amália Barros perdeu a visão do olho esquerdo aos 20 anos por conta de uma toxoplasmose. Após passar por 15 cirurgias, ela teve que remover o olho e passar a usar uma prótese ocular em 2016.
O gesto da mão cobrindo seu olho esquerdo virou sua marca. Foi ela quem inspirou a Lei 14.126/2021, que classifica a visão com apenas um olho como uma deficiência sensorial.
Imagens de câmeras de segurança de um pedágio registraram o momento em que uma aeronave comercial caiu e explodiu, momentos após decolar, em uma fazenda de Sorriso, a 420 km de Cuiabá, em junho.
Na aeronave, estavam o piloto Reynan Moresca, de 48 anos, e um passageiro, que morreram carbonizados. De acordo com o sargento Aprigio Justo, o avião decolou em uma pista paralela ao local da queda.
De acordo com os bombeiros, a aeronave saiu de um hangar do Aero Agro e caiu logo após ultrapassar a MT-242. O tempo registrado entre a decolagem e a queda foi menos de 10 minutos.
No dia 19 de julho, a empresária Raquel Cattani, de 26 anos, filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), foi encontrada morta, com cerca de 30 facadas, na região do Pontal do Marape, em Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá. O corpo foi achado na manhã do dia seguinte pela própria mãe, em um dos quartos da casa onde morava.
O ex-marido de Raquel, Romero Xavier, e o irmão dele, Rodrigo Xavier foram presos cinco dias após o crime. De acordo com as investigações, Romero não aceitava o fim do relacionamento e teria sido o mandante do crime, enquanto Rodrigo teria sido o executor e suspeito de montar uma cena para que parecesse crime patrimonial.
Em depoimento à Polícia Civil, Rodrigo confessou o crime e disse que recebeu R$ 4 mil do irmão para cometer o assassinato.
Romero é pai de ambos os filhos de Raquel – um menino de 6 anos e uma menina de 3 anos. Durante o velório da empresária, ele se mostrou muito abalado e permaneceu ao lado do caixão junto com o deputado Gilberto Cattani. Durante as últimas homenagens a Raquel, Romero ainda recebeu apoio emocional de amigos e familiares da vítima que estavam presentes devido ao estado que se encontrava.
Em agosto, Romero e Rodrigo foram indiciados homicídio triplamente qualificado:
No dia 20 de julho, o ator Thommy Schiavo morreu aos 39 anos, após se desequilibrar de uma sacada, em Cuiabá. Segundo a Polícia Civil, a queda foi de cerca de quatro metros de altura.
Imagens de câmera de segurança registraram o momento em que o ator caiu do 2° piso do prédio onde morava. O laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) confirmou que a causa da morte foi traumatismo craniano.
O amigo Paulo Junqueira contou que o ator estava em Cuiabá para trabalharem juntos em um projeto de pescaria e também conciliar com a carreira de ator. Segundo Junqueira, o ator saiu com os amigos para comemorar as metas do mês em um happy hour na sexta-feira (19). Ele disse que Thommy bebeu cerca de seis garrafas de cerveja, mas estava bem.
Thommy fez parte do elenco da segunda fase da novela Pantanal, da TV Globo. O ator interpretou o peão João Zoinho que trabalhava na fazenda de José Leôncio.
Um avião bimotor King Air caiu na zona rural de Apiacás, a 1.005 km de Cuiabá, em agosto, vitimando o empresário Arni Alberto Spiering, de 70 anos, os netos dele, João Marcos Trojan Spiering e Arni Alberto Spiering Benez, o gerente comercial Ademar de Oliveira de Júnior e o piloto Helder de Souza, de 44 anos.
A Polícia Militar confirmou que a queda do avião ocorreu em uma fazenda, localizada na zona rural do município, perto do Rio Teles Pires, em uma região conhecida como “Paredão”. Segundo a Polícia Civil, a aeronave explodiu no momento da queda.
Candidata a vereadora e irmã são mortas após sequestro
As irmãs Rayane Alves Porto, de 28 anos, e Rithiele Alves Porto, de 25 anos, foram mortas a facadas e outras duas pessoas ficaram feridas após terem sido sequestrados e torturados por um grupo de nove pessoas, enquanto saiam de um festival de pesca, em Porto Esperidião, a 358 km de Cuiabá, no dia 14 de setembro.
Imagens de câmera de segurança mostram os momentos anteriores ao crime. As irmãs eram proprietárias de um circo e Rayane era candidata a vereadora no município. O crime foi encomendado por um preso da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. De acordo com o delegado Higo Rafael, o criminoso passou cerca de três horas em videochamada com os executores do crime.
A motivação do crime, segundo a testemunha, foi porque as vítimas teriam tirado uma foto no Rio Jauru, simbolizando um número associado a uma facção rival. Durante as agressões, os suspeitos exigiram dinheiro das vítimas para não matá-los.
A Delegacia de Porto Esperidião concluiu o inquérito no fim de setembro, e indiciou 16 pessoas por envolvimento no crime, O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público Estadual (MPE).
Os envolvidos foram indiciados pelos crimes de organização criminosa, extorsão mediante sequestro qualificada pela morte, extorsão mediante sequestro qualificada por lesão grave, tortura e furto.
No dia 30 de setembro, Jessé de Arruda Santana, de 24 anos, passou a ser procurado por suspeita de matar dois sobreviventes de um acidente entre um carro e uma caminhonete, na MT-241, em Nobres, a 154 km de Cuiabá.
O motorista do carro, identificado como Oesdras Marques Arruda Santana, de 29 anos, irmão de Jessé morreu na batida, segundo o registro da Polícia Militar. Outras duas pessoas que estavam no mesmo veículo conduzido por Oesdras sobreviveram, mas foram mortas a tiros pelo suspeito que chegou depois do acidente.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Rogério Gomes Rocha, a motivação do crime está ligada a uma tentativa de controle do tráfico de drogas na região envolvendo integrantes de organizações criminosas rivais.
Ainda de acordo com a polícia, as duas vítimas estariam indo ao município para matar os dois irmãos.
Em novembro, Jessé foi indiciado pelos crimes de duplo homicídio, roubo com uso de arma de fogo e resistência à prisão. Ele continua foragido.
No dia 25 de novembro, a estudante de direito Pabla Melo Klauss, de 29 anos, foi presa enquanto apresentava o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá.
Ela era investigada pela Delegacia de Roubos e Furtos (Derf) desde 2019 e foi alvo de três operações.
Pabla e o companheiro dela, que está preso na Penitenciária de Mata Grande, são considerados de alta periculosidade. De acordo com a polícia, eles eram integrantes de uma facção criminosa responsável por ordenar mortes, gerenciar dinheiro que tinha origem de vários crimes e aplicar castigos com agressões e tortura.
Ainda de acordo com a polícia, os dois possuem extensa ficha criminal, atuando há anos no mundo do crime.
O morador de Cuiabá, Antonio Lopes, de 73 anos, acertou as seis dezenas da Mega-Sena e levou sozinho R$ 201.963.763,26. Segundo a lotérica que registrou o bilhete, ele fez uma aposta simples e pagou apenas R$ 5 pelo bilhete. Antonio retirou o prêmio no dia 11 de novembro.
No entanto, no dia 4 de dezembro, Antonio morreu por suspeita de mal súbito enquanto fazia um tratamento odontológico em uma clínica da capital.
Antonio era pecuarista e trabalhava com compra e venda de gado em fazendas de Mato Grosso. Ele deixou quatro filhos.
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