Redução se deu graças às melhorias no sistema de monitoramento e controle da madeira, gerido pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e pelo retorno da fiscalização do Ibama
A exploração ilegal da madeira em terras indígenas e unidades de conservação diminuiu 42% e 82%, respectivamente, de acordo com mapeamento feito pelo Sistema de Monitoramento de Exploração Madeireira (Simex), que analisou dados de agosto de 2022 a julho de 2023.
Conforme o coordenador do Núcleo de Inteligência Territorial do Instituto Centro de Vida (ICV), Vinícius Silgueiro, a redução se deu graças às melhorias no sistema de monitoramento e controle da madeira, gerido pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e pelo retorno da fiscalização a nível federal realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Silgueiro destacou a importância do setor madeireiro para Mato Grosso. Segundo ele, através do Manejo Florestal Sustentável, é possível mover a economia e manter a floresta em pé.
“O setor madeireiro é muito importante para Mato Grosso. Corresponde a quarta maior atividade econômica do Estado, que gera emprego, divisas, renda economia. Além disso, é responsável por manter a floresta em pé através do manejo florestal sustentável, uma vez que a exploração de madeira e feita de maneira de forma autorizada e com baixo impacto, a floresta tem condições de se regenerar com passar dos anos ao mesmo tempo que essa atividade fomenta a economia”, explicou.
Contudo, apesar da diminuição, a exploração ilegal de madeira ainda afetou 11,4 mil hectares em 13 territórios indígenas. Os locais mais afetados foram as Terras Indígenas Arara do Rio Branco, Aripuanã e Parque do Xingu.
Já entre as Unidades de Conservação, o Parque Estadual Tucumã e as Estações Ecológicas do Rio Roosevelt e do Rio Ronuro, localizadas em Colniza e Nova Ubiratã, respectivamente, foram as mais impactadas. Juntas, somam 80% da área explorada nessa categoria.
REDE SIMEX
A Rede Simex é composta pelo Instituto Centro de Vida (ICV), Imazon, Imaflora e Idesam. O objetivo é monitorar a Amazônia por meio de imagens de satélite para mapear as áreas submetidas à exploração de madeira na região. Diferente do desmatamento, em que existe a retirada total da vegetação, na exploração madeireira são retiradas determinadas árvores da floresta.
(Com informações da Assessoria)