Fogo começou em Nova Olímpia, está com 10 km de extensão e já atingiu o município de Barra do Burges.
Imagens gravadas por moradores na região de Nova Olímpia, a 207 km de Cuiabá, mostram redemoinhos formados pelas chamas na zona rural do município, nessa quarta-feira (11). A cidade está inserida no bioma Amazônia. O vento forte e o clima seco fizeram com que as chamas se alastrassem ainda mais rápido. (Veja abaixo)
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De acordo com a Defesa Civil, o incêndio começou próximo a uma área de chácara e já destruiu cerca de 11 mil hectares, entre áreas de preservação, pastagens e canaviais. Brigadistas e moradores da região estão em força – tarefa para combate às chamas.
“ O fogo agora já está com 10 km de extensão de ponta a ponta e já está no município de Barra do Bugres “, explica o coordenador da defesa civil, Valdeci dos Anjos.
O fogo se espalhou pela vegetação às margens de uma estrada de terra que liga por 38 km, o distrito entre Nova Fernandópolis à Barra Do Bugres, a 169 km de Cuiabá. Segundo o administrador de uma das fazendas afetadas pelo fogo, Francisco Rodrigues, o prejuízo foi grande e as chamas destruíram galpões, um veículo e outras construções.
🔎 Mato Grosso é o estado do Brasil que mais queimou desde janeiro deste ano, conforme dados do Programa BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Somente em agosto, foram contabilizados mais de 13,6 mil focos, superando os números somados de janeiro a julho deste ano.
Medidas do governo federal
‘Não podemos normalizar o absurdo’, diz Dino sobre queimadas e seca prolongada no país
Durante uma audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF), na terça-feira (10), o ministro Flávio Dino chamou as queimadas da Amazônia e do Pantanal de uma “autêntica pandemia de incêndios florestais” e deu cinco dias para ampliação do efetivo nessas regiões.
O objetivo da audiência foi avaliar o cumprimento por parte do governo de uma decisão da Corte que determinou a apresentação de planos de prevenção e combate a incêndios no Pantanal e na Amazônia.
Segundo o ministro, os Três Poderes precisam enfrentar o problema assim como fez durante a Covid-19 e as cheias do Rio Grande do Sul.
Ao fim da audiência desta terça ficou decidido, entre outras coisas, a ampliação do efetivo e do número de aeronaves para combate dos incêndios nas duas regiões.