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Quadrilha que desviou mais de R$ 12,8 milhões em cargas de cerveja é alvo de operação da Polícia Civil em MT

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Uma quadrilha investigada por praticar vários crimes contra uma fabricante nacional de bebidas alcoólicas instalada em Cuiabá é alvo da Operação Ceres, deflagrada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (13). Ao todo, são cumpridos 48 mandados contra os integrantes do grupo.

De acordo com a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá, o inquérito policial instaurado apura lavagem de dinheiro, furto qualificado, receptação qualificada e falsidade ideológica.

Conforme as investigações, o grupo criminoso desviava bebidas alcoólicas de cinco marcas produzidas pela cervejaria. Os crimes contavam com a participação de funcionários que atuavam nas funções de conferencistas, porteiros, motoristas, ajudantes de motorista, carregadores, entre outros.

Desvios geraram prejuízo de R$ 12,8 milhões à empresa — Foto: Polícia Civil
Desvios geraram prejuízo de R$ 12,8 milhões à empresa — Foto: Polícia Civil

A empresa informou à polícia que o prejuízo estimado é de quase R$ 12,8 milhões. Os números foram apurados nas diferenças de itens de estoque levantadas pela cervejaria no inventário mensal nos anos de 2021 e 2022.

A polícia disse que recebeu uma denúncia da Associação Brasileira de Combate à Falsificação apontando que estavam ocorrendo desvio frequentes de lotes das marcas da empresa fabricante.

As ordens judiciais são cumpridas em vários endereços da capital, sendo 18 buscas e apreensões domiciliares; 19 buscas e apreensões de computadores e aparelhos celulares e quebra do sigilo telemático; seis ordens de sequestro e arresto de bens móveis; quatro ordens de quebra do sigilo bancário e fiscal e uma ordem de penhora no valor de R$ 12.782 milhões em desfavor dos investigados.

Como funcionava o esquema

 

A Delegacia de Roubos e Furtos da Capital apurou que os desvios eram praticados por funcionários da cervejaria e de duas empresas que prestam serviços de logística à fabricante.

O grupo envolvido desviava mercadorias que eram devolvidas por clientes da cervejaria. Para isso, era falsificada uma declaração por parte do conferencista e do porteiro confirmando que houve a entrada dos lotes de cervejas na fábrica. Em seguida, as cargas das bebidas eram desviadas aos receptadores.

Os lotes de cervejas seguiam, então, para os receptadores, um deles uma distribuidora localizada na Avenida Arquimedes Pereira Lima, no Bairro Jardim Renascer. Dois funcionários da distribuidora tinham conhecimento do esquema criminoso.

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