Psicólogo denuncia homofobia após agressão em boate de Cuiabá: ‘fui agredido violentamente’

Amorim disse que ele e o companheiro não costumam frequentar a boate, mas que foram para comemorar o aniversário de um sobrinho. No entanto, segundo ele, assim que chegaram na boate, repararam que o agressor estava os encarando. Segundo o psicólogo, todos eles, incluindo o agressor, estavam no camarote da casa noturna.

“Começamos a reparar que ele não parava de nos encarar. Pensei até que fosse algum paciente ou conhecido e a gente foi ignorando. Nisso, depois de muito tempo lá dentro, ele empurrou meu parceiro com o ombro, mas também deixamos passar porque era festa e estava cheio”, disse.

Em seguida, quando o psicólogo foi ao banheiro, ele conta que o agressor foi logo atrás e perguntou com rispidez o que a vítima estava olhando nele. Para rebater o comentário, Douglas teria questionado o que o agressor estava falando e o chamou de homofóbico.

Conforme a denúncia registrada, por volta de 04h15, horário em que eles iriam embora, o casal e mais um amigo decidiram ir ao banheiro novamente, momento em que o agressor entrou no local e bateu a cabeça dele contra o mármore da parede.

“Nosso amigo ficou no corredor [do lado de fora do banheiro], eu estava no mictório e meu parceiro estava no banheiro reservado. De repente, senti uma mão nas minhas costas e outra na minha nuca, e ele me empurra com força contra o mármore. A partir disso, não tenho mais nenhuma memória. Fui agredido violentamente”, relatou.

Segundo o relato da vítima, o parceiro ouviu o agressor dizendo “esse viado vai aprender a respeitar homem”. Devido ao impacto, Douglas sofreu uma crise convulsiva e foi levado até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Conforme o boletim de ocorrência, a vítima levou pontos no rosto e lesionou a região do tornozelo na queda.