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O projeto de lei que proíbe a plantação de soja e outras monoculturas no Pantanal de Mato Grosso foi adiado, nesta quarta-feira (13), no plenário da Assembleia Legislativa.
A medida em tramitação gerou críticas entre os parlamentares que defendem a exploração econômica na região e que pode trazer riscos ao crescimento dos municípios pantaneiros.
O projeto estava previsto para ser votado em primeira discussão, mas houve um pedido de vista e a votação foi adiada para a próxima quarta-feira (20).
O objetivo, segundo o texto, é proteger a diversidade biológica e cultural do Pantanal. Para o autor da proposta, deputado Wilson Santos (PSD), a defesa do bioma será feita constantemente.
“Pantanal é um bioma diferente e fragilizado. Não é o cerrado. O Pantanal tem que ser respeitado. Nós não queremos soja, algodão e milho, essas monoculturas como são produzidas. Vamos fazer esse enfrentamento”, afirmou.
Já os parlamentares que criticaram a proposta apontam que existe risco de impacto direto na economia dos municípios da região. Para a deputada Janaina Riva (MDB), a medida não pode proibir o avanço econômico.
“Quando a gente fala de Pantanal, a gente só lembra da área alagada, onde se faz o turismo. Mas o Pantanal é uma área de 6 milhões de hectares dentro do estado. Hoje, infelizmente, a região de maior pobreza é, também, a Bacia do Alto Paraguai. Então, o Pantanal não tem outra alternativa que não seja casar a exploração econômica com a proteção ambiental” disse.
A única exceção no projeto para plantação de monoculturas está voltada para as comunidades que já praticam isso para a subsistência na região.
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