A mato-grossense Clara Vaz foi convidada para representar o Brasil na 18ª Conferência da Juventude na Luta pelos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, entre os dias 18 e 20 de julho. Ela participou do evento em 2017, quando ainda tinha 17 anos e, desde então não recebeu mais contato da Organização.
Clara contou que o convite, que chegou por meio de uma carta, surgiu como uma surpresa para ela.
“Fiquei honrada por lembrarem de mim. Fui convidada para ser a delegada sênior e fazer o discurso oficial representando o Brasil, sobre o engajamento da juventude brasileira na luta pelos Direitos Humanos e sobre a história acerca do desenvolvimento do meu papel como professora”, explicou.
Em 2017, Clara desenvolveu um projeto chamado ‘Restaurando Vidas’, que trabalhava dinâmicas socioeducativas para despertar o interesse pelos estudos em crianças e adolescentes. O projeto chamou a atenção da ONU e surgiu o primeiro convite.
“Foi nessa época que conheci o Israel Rocha Borba, hoje é um amigo meu de Santa Catarina, que tinha participado da Conferência e era delegado sênior. Ele ousou falar para os membros da cúpula sobre mim e sobre o projeto que desenvolvia e eles gostaram, assim fui convidada e, obviamente, aceitei. Fiquei muito feliz”, relembrou.
Natural de Araputanga, Clara se mudou para Tangará da Serra, em 2016, e no ano seguinte se mudou para a capital. Hoje, ela é formada em direito, pós-graduada e professora de Direito Constitucional e Direitos Humanos.
“São direitos que todo cidadão deveria saber. Infelizmente, não temos a cultura de trazer esse entendimento mais afinco do que é direito humano, há uma distorção. É preciso ensinar o que é verdade e trazer clareza naquilo que ainda é obscuro”, ressaltou.
Como professora universitária, Clara criou um projeto de extensão, onde os alunos levam informações e tiram dúvidas sobre Direitos Humanos e os princípios da Constituição Federal brasileira para creches, escolas de ensino fundamental, asilos e outras instituições.
Clara disse que sempre estudou em escola pública e que vivenciar a realidade de muitos jovens brasileiros e as dificuldades no ensino a motivou, desde cedo, a ter um olhar atento para a qualidade da educação no país.
“Sempre estudei em escolas muito precárias, tive um ensino muito ruim, fui aprender a ligar um computador com 15 anos de idade, só que sempre soube o que queria, sempre soube que gostaria de ter uma formação, que queria correr atrás de algo e isso me motivou bastante. Então sempre que via uma oportunidade de trabalhar com algo que ajudava pessoas, eu fazia”, relatou.
Como a notícia a pegou de surpresa e em um prazo curto, Clara contou que não teve como se programar financeiramente para a viagem. Ela criou então, a famosa “vaquinha”, um sistema de arrecadação online para ajudar nos custeios das passagens aéreas.
Apesar da conferência ser a partir do dia 18, ela precisa viajar nessa terça-feira (16). A arrecadação está longe de atingir a meta, que era de R$ 7,5 mil, a solução então foi emprestar o valor de uma amiga, mas a arrecadação continua ativa para devolver o empréstimo.
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