Investigado tem duas passagem por aliciamento de menores de idade. Ele foi preso quando voltava de uma viagem que fez para o nordeste, ocasião que levou oito alunos com a promessa de um teste em um time de futebol da região.
O professor de uma escolinha de futebol, preso no dia 18 deste mês, suspeito de abusar sexualmente de alunos menores de idade, em Cuiabá, foi indiciado por estupro de vulneravel, divulgação de material com conteúdo sexual que envolva crianças ou adolescentes e armazenamento de pornografia infantil.
Antes da prisão, o professor já tinha duas passagem por aliciamento de menores de idade, segundo o delegado da Polícia Civil, Vitor Chab. O suspeito, de 39 anos, chegou a tatuar o rosto de uma das vítimas no peito. Até o momento, três vítimas dos abusos foram identificadas.
O suspeito foi preso no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana da capital, quando voltava de uma viagem que fez para o nordeste. Na ocasião, o homem levou oito alunos com a promessa de um teste em um time de futebol da região.
Crimes e denúncia
Vitor Chab disse que a escolinha em que o suspeito trabalhava funciona como um projeto social, e que o professor usava do cargo para se aproximar dos alunos, na intenção de cometer os abusos.
“Este homem utilizava a função dele de professor para se aproximar desses adolescentes e criar uma certa relação com eles. Ele se aproveitava disso e será investigado se essa viagem de fato existia ou se ele arrumou a viagem como uma situação para poder viajar com a vítima”, disse.
As investigações começaram, após a mãe de um aluno procurar a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) e relatar que estava preocupada com a relação do professor com os estudantes. Conforme o relato à polícia, um aluno enviou imagens ao pai em que o professor cometia abusos, sendo um deles contra um menino de 13 anos.
Ainda de acordo com relato de uma das mães à polícia, o suspeito insistia em sair com os alunos fora do horário das aulas, como por exemplo, ir ao cinema. No entanto, ela disse que nunca permitiu que o filho fosse, porque já suspeitava do comportamento do professor.
Já as denúncias de aliciamento foram feitas em 2021. À época, as vítimas tinham 13 e 15 anos, respectivamente, e também eram alunas do professor investigado. No entanto, não houve prisão, à época.