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A Prefeitura de Cáceres, a 250 km de Cuiabá, decretou situação de emergência hídrica por causa da baixa abrupta do Rio Paraguai, que registrou nível de 75 centímetros. Uma das ações preventivas para evitar o desperdício, conforme no decreto municipal, seria a proibição da substituição de água das piscinas na cidade.
A prefeita Eliene Liberato (PSB) afirmou que está tomando as ações necessárias para evitar que a população mais vulnerável seja impactada pela escassez.
“Estamos trabalhando sério para não deixar-mos a população sem esse bem tão necessário para a saúde que é a água. Decretamos medidas importantes para tomarmos os devidos cuidados para que toda a população seja servida com água potável em quantidade suficiente para superarmos essa crise, principalmente para a população mais vulnerável”, contou.
No documento, a prefeitura determina que fica proibido a troca de água de piscinas, lavagem de fachadas, calçadas, pisos, muros e veículos com o uso de mangueiras, utilização de lava jatos de uso doméstico, até que se reestabeleça a normalidade de abastecimento de água.
A administração municipal ainda ressalta, no decreto, que uma possível irregularidade na distribuição das chuvas pode afetar os mananciais e comprometer o abastecimento de água nos Bairros Nova Era, Jardim Padre Paulo, Residencial Aeroportor, Vitória Régia, Jardim das Oliveiras, Cohab Nova e Vila Real.
Há dois anos, o nível do Rio Paraguai atingiu os menores valores mínimos considerando toda sua série histórica de dados, desde 1965, conforme o monitoramento hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM).
A bacia do rio Paraguai abrange uma das maiores extensões de áreas alagadas do planeta: o Pantanal.
O período de estiagem tem implicações para navegação no rio Paraguai, hidrovia por onde escoa principalmente produção de grãos e minérios para exportação.
Outro problema que ronda a região é o abastecimento de água. Alguns municípios estão planejando captação de água alternativa com o uso de bombas móveis.
O rio Paraguai nasce na Chapada dos Parecis, e segue na direção sul, percorre o limite entre os biomas da Amazônia e do Cerrado, adentrando no Pantanal, na região de Cáceres, por onde segue até deixar o Brasil para o Paraguai.
Desde sua cabeceira, o rio Paraguai drena para as regiões de depressão da planície do Pantanal, sendo o principal canal de drenagem da Bacia do Alto Paraguai (BAP). Possui uma extensão total de 2.621 km, dos quais 1.693 km se dão na RH-Paraguai, desde sua nascente até a foz do Rio Apa.
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