A Justiça condenou o pré-candidato a vereador de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima, junto com o irmão dele, o advogado Lazaro Roberto Moreira Lima, e outras duas pessoas por envolvimento em “negociações fraudulentas no valor de R$ 50 milhões”. A pena é de três anos de prisão para cada, conforme decisão do juiz João Filho de Almeida Portela, assinada nesta quarta-feira (15).
A reportagem tenta localizar a defesa dos acusados.
A condenação é resultado da operação ‘Castelo de Areia’, deflagrada pela Polícia Civil, em 2016, que investigou crimes de estelionato praticados por uma organização criminosa, com participação do pré-candidato, que teria aplicado vários golpes, resultando em prejuízos que ultrapassaram R$ 50 milhões.
Sete vítimas foram identificadas desde o início da investigação.
Na decisão, o juiz afirmou que os acusados praticavam golpes e enganavam vítimas, oferecendo empréstimos vantajosos e com remuneração muito abaixo da taxa média do mercado brasileiro.
“O motivo do crime é a tentativa de obter dinheiro fácil por meios ilegais e sem trabalhar dignamente, fato imanente à figura típica. Já as circunstâncias e consequências do crime foram minimizadas pela atuação pontual da polícia”, diz o magistrado em trecho da decisão.
Em 2016, João Emanuel também foi condenado a 18 anos de prisão por crime de desvio de dinheiro público, resultado da operação “Aprendiz”, deflagrada em novembro de 2013 pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
Além dele, naquele ano, também foram condenados o ex-deputado estadual Maksuês Leite e mais três pessoas, incluindo ex-funcionários da Câmara.
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