Estima-se que, pelo menos, 15 pessoas tenham sido vítimas do grupo; acusados já foram condenados a 105 anos de prisão, mas passaram por outros julgamentos nos últimos anos.
O policial militar Uelinton Lopes Rodrigues foi condenado pelo Tribunal do Júri de Cuiabá a 46 anos de prisão, nesta terça-feira (13).
Uelinton era integrante do grupo de extermínio conhecido como ‘mercenários’ e foi condenado pelo homicídio qualificado contra três pessoas.
No dia 11 de fevereiro de 2016, ele executou a tiros Edésio Pedro do Nascimento Fonseca e Jhonne Muller Paranhos de Almeida, em Cuiabá. Dezoito dias depois, Uelinton matou com oito tiros, a mãe de Edésio, Alzira do Nascimento Fonseca, de 71 anos na época, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), as vítimas tinham uma rixa com Uelinton e eram envolvidos com tráfico de drogas. Durante o julgamento, o MPMT defendeu a tese de que os assassinatos aconteceram por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas.
Operação Mercenários
No dia 26 de abril de 2016, 17 pessoas foram presas, entre elas seis policiais militares, em uma operação em Cuiabá e Várzea Grande. De acordo com a Polícia Civil na época, o grupo ‘Mercenários’ se tratava de uma organização criminosa que matava pessoas por encomenda e recebia dinheiro por isso.
Na denúncia, o MPMT sustentou que os denunciados fazem parte de uma grande organização criminosa existente na cidade de Várzea Grande, “que tem como objetivo ceifar a vida de pessoas com passagem policiais, caracterizadora de ações de grupos de extermínio, além do fato de atuarem ainda mediante o pagamento de recompensa, caracterizadora de crimes mercenários ou pistolagem, com a participação direta destes e de outros componentes em diversos outros crimes de homicídios, tendo cada um dos integrantes função predeterminada, visando a consecução dos delitos.”
Os acusados já chegaram a ser condenados a 105 anos de prisão, mas passaram por outros julgamentos nos últimos anos.
Ao todo, estima-se que, pelo menos, 15 pessoas tenham sido vítimas do grupo.