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quinta-feira, novembro 14, 2024
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PF cumpre mais de 100 mandados de busca contra suspeitos de abuso sexual de crianças e adolescentes

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quarta-feira (25), 141 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de armazenar e compartilhar material de abuso sexual infantojuvenil.

Os mandados são cumpridos em 24 unidades da federação. Até a última atualização desta reportagem, 60 pessoas haviam sido presas. Um deles é sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), que ainda não se manifestou sobre o caso.

No Distrito Federal, três pessoas foram presas e tiveram os computadores apreendidos:

  • um homem de 59 anos, em Taguatinga, com mais de 20 mil arquivos com conteúdos pornográficos de crianças no computador (veja vídeo acima);
  • um homem de 39 anos, no Recanto das Emas, com 300 arquivos;
  • um homem de 38 anos, no Cruzeiro, com 5 mil arquivos. Segundo apurado pela TV Globo, ele é sargento da Força Aérea.

 

Veja as unidades da federação em que a PF fez prisões em flagrante:

  1. Acre: 1;
  2. Alagoas: 2;
  3. Amapá: 1;
  4. Bahia: 1;
  5. Ceará: 3;
  6. Distrito Federal: 5;
  7. Espírito Santo: 2;
  8. Goiás: 1;
  9. Maranhão: 1;
  10. Minas Gerais: 1;
  11. Mato Grosso do Sul: 3;
  12. Mato Grosso: 1;
  13. Pará: 3;
  14. Pernambuco: 3;
  15. Piauí: 1
  16. Paraná: 2
  17. Rio de Janeiro: 4;
  18. Rio Grande do Norte: 2;
  19. Rondônia: 1;
  20. Roraima: 1;
  21. Rio Grande do Sul: 4;
  22. Santa Catarina: 5;
  23. Sergipe: 1;
  24. São Paulo: 9;

 

Durante as investigações, a PF contou com o apoio da Agência de Investigação Interna da Embaixada dos Estados Unidos.

De acordo com a corporação, entre dezembro de 2023 e agosto de 2024, já foram cumpridos 1.291 mandados de prisão de abusadores sexuais que estavam pendentes.

Grooming

 

A delegada Rafaella Parca, coordenadora da divisão de repressão a crimes cibernéticos relacionados a abuso infantil da Polícia Federal, diz que a operação confirmou que os criminosos tem se utilizado cada vez mais de uma prática conhecida como grooming.

Segundo a delegada, a prática consiste em:

  • criar perfis falsos em redes sociais;
  • estudar o perfil das vítimas e dos familiares que, às vezes, colocam informações sensíveis em rede sociais;
  • com as informações coletadas, se aproximar das crianças com histórias falsas;
  • trocar informações e conversas com as crianças para ganhar confiança da vítima e pedir para que lhe enviem fotos de cunho sexual;
  • ameaçar para que as crianças continuem produzindo os conteúdos.

Parca afirma que a prática também é considerada como estupro virtual.

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