Lucas Veloso Peres, de 27 anos, que morreu afogado durante um curso de salvamento militar na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, nessa terça-feira (27), deixou a profissão de engenheiro eletricista para ser bombeiro. Segundo o pai dele, Cleuvimar Veloso, esse era um sonho antigo do jovem.
“Na época da pandemia da Covid, ele retornou para Caiapônia [onde fica a casa dos pais em Goiás]. Aí despertou esse sonho de antigamente. Desde criança ele queria ser bombeiro”, contou.
O jovem é natural de Goiás e participava do curso de formação de soldados do Corpo de Bombeiros. Ele foi socorrido pelas pessoas que acompanhavam o treinamento e levado a um hospital particular da capital, no entanto, não resistiu e morreu na unidade.
Segundo o pai da vítima, o jovem estava em Cuiabá há cerca de 9 meses e ligava todos os dias. Durante as conversas da última semana, o filho reclamou sobre o exercício no qual morreu.
“[Ele disse que] estava ficando muito tempo dentro da água, de 45, 50 minutos. A gente se falava todas as noites”, disse.
Ainda de acordo com Cleuvimar, o filho era “um exemplo de pessoa, um filho amoroso e correto até demais”.
O corpo do jovem está sendo velado na cidade onde a família mora. O sepultamento deve acontecer às 17h (horário de Goiás) no Cemitério São José Tadeu.
A perícia apontou que a morte foi por afogamento. O corpo de Lucas foi liberado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica do Estado de Mato Grosso (Politec) e encaminhado para o estado de Goiás, nesta quarta-feira (28).
A Polícia Civil de Mato Grosso disse que a morte do aluno será investiga pelo próprio Corpo de Bombeiros. Segundo o delegado da Dhpp Nilson Farias, a Justiça Militar é que ficará responsável pela investigação.
“Existe indícios de que a morte não foi por mal súbito. Foi identificado que o aluno já é considerado um militar e, sendo assim, em homicídio decorrente de tortura, a competência para investigar o crime de militar contra militar, é da instituição militar”, disse.
A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros (ACS-MT) divulgou uma nota lamentando a morte do aluno e se solidarizando com a família e amigos do jovem.
A associação enfatiza que os instrutores associados disseram que o aluno já tinha feito treinamentos anteriores na lagoa, que a aula iniciou bem, como de costume, mas ao tomar posse do equipamento “flutuador”, foi perguntado se estava em condições de finalizar a atividade e ao entender que poderia, foi continuado.
“No momento em que ele afundou, imediatamente foi resgatado a iniciadas as manobras necessárias para retirá-lo da água e reanimação”, diz trecho da nota.
Prints de conversas em grupos de WhatsApp entre alunos do curso de salvamento do Corpo de Bombeiros sugerem que Lucas levou um ‘caldo’ antes de morrer afogado durante o treinamento para entrar na corporação como soldado.
Na conversa, alguns dos alunos contam que estavam presentes no momento da morte de Lucas e que viram o que aconteceu. De acordo com um deles, o jovem não morreu em decorrência de esforços físicos.
Aluno do Corpo de Bombeiros morreu após passar mal em treinamento
Lucas Veloso Peres participava do curso de formação de soldados do Corpo de Bombeiros. A aula, segundo o delegado, era de instrução de salvamento. O delegado explicou que o estudante passou mal e afundou repentinamente.
Por volta de 12h dessa terça, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá divulgou que a unidade foi acionada para liberar o corpo de Lucas. A morte foi atestada por um médico do hospital particular que ele foi atendido.
Nilson disse que a polícia acredita que o caso é uma “fatalidade”. A equipe de investigação realizou uma análise prévia ainda no hospital e todas as pessoas envolvidas no treinamento devem ser ouvidas.
“Quando estava na água, ele disse que estava sentindo falta de ar e se agarrou em algo. Na sequência, ele perde as forças, afunda e não retorna mais. O capitão pegou ele, colocou em um barco de apoio e já iniciaram o processo de reanimação”, explicou Nilson.
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