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Pacheco vai pedir que Moraes divulgue nomes dos parlamentares espionados

Investigação da PF aponta que estrutura da Abin era usada para monitorar críticos do governo de Jair Bolsonaro, inclusive políticos

O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD), enviou ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a liberação dos nomes de parlamentares que foram alvos da espionagem ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O documento foi enviado nesta segunda-feira (29/1) e é destinado ao relator do inquérito que investiga o caso, ministro Alexandre de Moraes.

“Encaminharei ao Supremo Tribunal Federal ofício solicitando os possíveis nomes de parlamentares clandestinamente monitorados pela Agência Brasileira de Inteligência, dada a gravidade que um fato dessa natureza representa”, declarou Pacheco.

A PF deflagrou hoje mais uma etapa da operação que apura o esquema ilegal montado na agência de inteligência. O alvo, desta vez, é o núcleo político. Endereços ligados ao vereador Carlos Bolsonaro foram visitados pelas equipes policiais.

São cumpridos nove mandados de busca e apreensão, sendo que cinco deles são em endereços no Rio de Janeiro. Na casa de praia onde está o vereador, em Angra dos Reis, um notebook da Abin foi apreendido. A suspeita é de que a estrutura tenha sido usada para a disseminação de informações falsas e de ataques contra opositores do Executivo.

A operação desta segunda-feira tem como objetivo identificar destinatários das informações coletadas dos alvos nas ações ilegais, em que o monitoramento era feito sem autorização da Justiça ou participação do Ministério Público.

A imprensa apurou que Jair Bolsonaro não é alvo nesta fase, mas está passando um período de descanso na residência em questão junto com a família, inclusive Carlos, que é alvo.

De acordo com a PF, “os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei”.

O Noroeste

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