Diligências buscavam identificar a rota de escoamento de madeira extraída ilegalmente da Reserva Ecológica Rio Ronuro
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), deflagrou entre os dias 30 de agosto a 07 de setembro, a Operação Escudo Verde, com o objetivo de investigar e combater a extração ilegal de madeira na região de Feliz Natal e Nova Ubiratã.
A operação tinha como objetivo identificar a rota de escoamento de madeira extraída ilegalmente da Reserva Ecológica Rio Ronuro, acessada por meio de uma estrada vicinal aberta na cidade de Nova Ubiratã. A ação policial se estendeu por uma ampla área, incluindo as cidades de Sinop, Feliz Natal, Nova Ubiratã, São José do Rio Claro e Paranatinga.
Dentre os trabalhos, foram realizadas perícias em propriedades autuadas, investigações de crimes ambientais em andamento, além de iniciativas para a recuperação de ativos financeiros. As equipes utilizaram tecnologias avançadas, como softwares de georreferenciamento, análise de imagens, e drones, para monitoramento aéreo e mapeamento das áreas desmatadas.
Durante o período da operação, a equipe de policiais da Dema realizou atividades de campo nas estradas abertas dentro da reserva ecológica, utilizadas para o transporte ilegal de madeira. Em uma das diligências, os policiais flagraram alguns homens realizando extração ilegal de madeira, ocasião em que os suspeitos reagiram com disparos de arma de fogo, que foram repelidos pelos policiais.
Os trabalhos resultaram na apreensão de três armas de fogo, tipo espingarda (calibre 20 e 22), munições calibre 20 e 32, diversos veículos e maquinários, como trator, motocicleta, um veículo Fiat Strada, gerador de energia, máquina de solda e compressor de ar e equipamento de comunicação, uma antena starlink.
A apreensão da antena evidencia que os criminosos utilizavam tecnologia sofisticada para comunicação e coordenação de suas atividades ilegais. No entanto, a ação estratégica da equipe de investigação conseguiu desarticular esse esquema, resultando também na destruição de acampamentos ilegais encontrados ao longo da reserva.
As investigações continuam, focadas em identificar e responsabilizar envolvidos na extração ilegal de madeira. O trabalho inclui a coleta de informações, levantamento de dados por georreferenciamento, e aprofundamento das análises técnicas para que os responsáveis sejam penalizados de acordo com a lei.
A delegada Liliane Murata, titular da Dema, reforçou o compromisso das autoridades em proteger o meio ambiente e assegurar o cumprimento das leis.
“A operação demonstra o empenho da Dema em combater crimes ambientais e preservar nossas reservas ecológicas. Vamos continuar trabalhando com seriedade e rigor para desmantelar qualquer esquema criminoso que ameace a integridade de nossas florestas. O uso de tecnologia e inteligência policial é fundamental para garantir que essas atividades ilegais sejam identificadas e os responsáveis, devidamente punidos”, destacou a delegada.