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Operação da PF e Exército mira oficinas mecânicas que escondiam máquinas usadas em garimpo ilegal em terra indígena de MT

Oficinas mecânicas próximas à Terra Indígena Sararé, localizada nos municípios de Pontes e Lacerda e Conquista d’Oeste, a 443 km e 571 km de Cuiabá, respectivamente, foram alvos da Polícia Federal nesta sexta-feira (15) por suspeita de esconder maquinários usados para extração ilegal de ouro em garimpos irregulares da região.

Ao todo, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em casas e comércios nos dois municípios. A operação contou com o apoio do Exército Brasileiro e teve os mandados expedidos pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Cáceres.

As investigações tiveram início a partir de informações repassadas pela Polícia Rodoviária Federal, que apontaram a possível participação de empresários no armazenamento e manutenção de equipamentos usados em garimpos ilegais. Conforme a PF, escavadeiras, tratores e outros maquinários estavam sendo ocultados em oficinas para dificultar a fiscalização.

Segundo a polícia, o objetivo da ação é desarticular a logística do garimpo ilegal na região. O material apreendido será analisado para ajudar na identificação de financiadores da atividade. Os envolvidos podem responder por crimes ambientais e por usurpação de bens da União.

Histórico de exploração ilegal

 

Maquinário apreendido — Foto: Polícia Federal

A Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda (MT) lidera, em 2025, o ranking nacional de alertas de garimpo, com 1.814 detecções, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A Sararé é lar do povo Nambikwara e frequentemente alvo de conflitos entre garimpeiros e forças de segurança devido à exploração ilegal.

Com uma área de 67 mil hectares e habitada por grupos indígenas da etnia Nambiquara, a TI Sararé está entre as mais afetadas pelo garimpo ilegal no Brasil, segundo o Ibama. Estima-se que aproximadamente 2 mil hectares tenham sido devastados pela exploração ilegal de ouro, impulsionada por organizações criminosas armadas que atuam na região.

A região foi alvo de uma ação da Polícia Federal no último dia 12, que investiga suspeitos de movimentar R$ 200 milhões com a extração e venda ilegal de ouro e pedras preciosas

jornalonoroestemais@gmail.com

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