Venda deve custar cerca de R$ 750 milhões. As obras do projeto de implantação do VLT no estado custaram mais de R$ 1 bilhão para os cofres públicos, à época da Copa de 2014.
As negociações para a venda dos vagões do Veículo Leve sobre os Trilhos (VLT) de Mato Grosso para o estado da Bahia estão em andamento e a ordem de serviço por parte do governo baiano foi dada, na última sexta-feira (14), para o inicio das obras no estado.
A venda deve custar cerca de R$ 750 milhões. As obras do projeto de implantação do VLT custaram mais de R$ 1 bilhão para os cofres públicos do estado, à época da Copa do Mundo de 2014, quando era para ter sido entregue.
O governo de Mato Grosso ainda não se manifestou sobre o assunto. Já o Tribunal de Contas da União (TCU), que é o intermediário da negociação, disse que o assunto é tratado em processo, e que não há decisão do Tribunal ou informações públicas no momento.
Segundo o consórcio responsável pelo VLT em Mato Grosso, desde fevereiro deste ano, o governo da Bahia tem realizado visitas a Cuiabá para vistoriar os vagões e ver as condições do modal.
“Avaliaram todo o material rodante, entraram em trem por trem, foram inspecionados equipamentos que estão guardados, várias caixas que ficam no CMCO [Centro de Manutenção e Controle Operacional], que tem toda a parte dos conjuntos semafóricos, de tudo que precisa para os trens rodarem. Então, tudo isso foi inspecionado pelos representantes lá da Bahia”, informou o consórcio.
O governo baiano confirmou essas visitas e disse que os equipamentos se encontram em boas condições para uso.
“São trens atuais. Fizemos vistoria, levamos técnicos especializados para comprovar que eles estão em condições e seriam praticamente iguais a trens que seriam fabricados agora”, disse a presidente do Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), Ana Cláudia Nascimento.
Ainda conforme o governo da Bahia, as obras no estado devem começar em julho e três consórcios são responsáveis pela implantação das três linhas do modal.
VLT substituído por BRT MT
O VLT foi projetado para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil e foi marcado pela corrupção e entraves judiciais. A obra previa 22 quilômetros de extensão entre Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital.
Em dezembro de 2014, as obras foram interrompidas. Em 2018, o governo do estado rompeu o contrato com o consórcio VLT e, depois, decidiu substituir o modal pelo Ônibus de Trânsito Rápido (BRT).
Já em dezembro de 2022, o governo começou a retirar as estruturas que serviriam de suporte para o VLT em Várzea Grande.