O pedreiro Rubens Almeida de Lima, de 51 anos, foi solto na última terça-feira (21) após ficar 6 meses preso por engano no lugar do irmão, Gediel Almeida de Lima, de 40 anos, na Cadeia Pública de Diamantino, a 183 km de Cuiabá. Segundo a Defensoria Pública de Mato Grosso, o irmão utilizou os dados pessoais de Rubens no momento em que foi preso por furto, em 2018.
Na época, ele foi condenado e iniciou o cumprimento da pena em regime fechado, mas foi solto no ano seguinte, beneficiado pela progressão de regime.
Uma semana depois, ele foi preso novamente, na cidade de Campo Verde, a 139 km da capital, e foi condenado pela segunda vez, mas agora em regime semiaberto, o que resultou na sua liberdade ainda no mesmo ano.
Durante todo esse período, o suspeito estaria se passando pelo irmão mais velho, Rubens, que acabou sendo preso por esses crimes em outubro do ano passado.
De acordo com a Secretaria Segurança Publica do Estado de Mato Grosso (Sesp/MT), até o momento, não consta no Sistema de Gestão Penitenciária (Sigepen) que Gediel esteja detido em nenhuma unidade prisional do estado.
Em entrevista, Rubens contou que está passando por dificuldades para arranjar emprego, mesmo depois que a defesa comprovou que ele não cometeu nenhum crime. Ele disse que é casado, tem 8 filhos e que dois deles ainda são menores de idade.
” A cadeia é uma coisa que eu não desejo nem pro meu pior inimigo. Foi difícil viu. Repeti várias vezes que não era eu, mas a gente tem que sobreviver agora, né?”, contou.
O defensor público responsável pelo caso, Daniel de Souza Pinto, localizou os dois processos das condenações iniciais de Gediel e os vídeos das audiências, constatando então que não era Rubens quem aparecia nas imagens e sim o irmão.
Em seguida, a defensora pública Synara Vieira Gusmão solicitou a anulação da condenação de Rubens pelos crimes cometidos pelo irmão e uma revisão criminal, que ainda está pendente de julgamento, para que Rubens não tenha antecedentes por crimes que não cometeu.
Além disso, foi pedida uma indenização do Estado, no valor de R$ 100 mil, pela prisão irregular.
Essa não é a primeira vez que Gediel utiliza o nome de algum irmão durante uma prisão. Em janeiro de 2019, Izaumi Almeida de Lima, que é portador de epilepsia, ficou 27 dias preso no lugar de Gediel, que apresentou os documentos dele quando foi detido em março de 2015, em Canarana, a 813 km de Cuiabá por furto qualificado e embriaguez na condução de veículo.
Na época, foi mostrado para Izaumi uma imagem do homem que se fez passar por ele, que foi imediatamente reconhecido como sendo seu irmão. A imagem também foi apresentada à agente prisional que conhecia Gediel e confirmou sua identidade.
Ficou provado que ele nunca saiu da cidade onde morava, que é Alto Paraguai e, portanto, seria fisicamente impossível que ele tivesse cometido crimes em Canarana.
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