De acordo com a Polícia Civil, as armas usadas nos assassinatos não tinham registro e, até o momento, não foram encontradas. Crime teria sido motivado por desacordo comercial envolvendo pagamentos de aluguel da casa invadida.
Ines Gemilaki, de 48 anos, e o marido Márcio Ferreira Gonçalves, investigados pela polícia por envolvimento na morte de dois idosos, em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá, são Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs). Porém, as armas usadas no crime não possuem registro. O ataque também deixou um padre ferido.
De acordo com a Polícia Civil, até o momento, a pistola e a espingarda calibre 12 usadas no crime não foram encontradas.
Conforme a lei, portar armas de uso permitido sem registro pode levar a uma pena de dois a quatro anos de prisão. Se um CAC for flagrado portando uma arma sem registro, raspada, de fabricação artesanal ou adquirida por quaisquer meios ilícitos, poderá pegar uma pena de três a seis anos, e multa.
A pecuarista e o filho médico entraram em uma casa onde havia oito pessoas, durante um almoço, no domingo (21), em Peixoto de Azevedo, e mataram Pilson Pereira da Silva, de 69 anos, e Rui Luiz Bogo, de 81 anos. O marido de Ines, Marcio Ferreira Gonçalves, e o cunhado dela, Eder Gonçalves Rodrigues, também são suspeitos de envolvimento no crime.
Márcio passou por audiência de custódia e foi encaminhado à Cadeia Pública de Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá. O cunhado foi apresentado em audiência e teve um pedido de conversão da prisão em flagrante em preventiva. Essa representação ainda será analisada.
Inês e o filho Bruno Gemilaki Dal Poz, de 28 anos, passaram por audiência de custódia no final da tarde desta quarta-feira (24). Ambos permanecem presos.
Os assassinatos
Nas imagens, é possível ver a família carregando armas nas mãos. Ao entrar no quintal da casa, Ines tirou os sapatos. Momento depois, ela atirou em um dos vidros, se abaixou e continuou entrando na residência.
Nessa terça-feira (23), Marcio e Eder foram presos em Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá. Ines e Bruno se entregaram à polícia no mesmo dia.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Anna Marien, Ines é pecuarista, e o filho é médico, e trabalha em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município.
Marcio Ferreira também é suspeito de envolvimento nos assassinatos. Segundo a polícia, ele estaria esperando fora da casa para ajudar na fuga dos suspeitos.
A defesa dos investigados não se manifestou sobre o caso.
Relembre o caso
Imagens de duas câmeras de segurança mostram que ao menos oito pessoas estavam na casa, quando a mulher entrou atirando. O filho foi ao quintal e também efetuou disparos. Ines, que aparece de blusa azul, estava com uma pistola, e Bruno, de branco, estava com uma espingarda calibre 12.
Em outro trecho do vídeo, mãe e filho apareceram fugindo, carregando as armas de fogo.
Para a polícia, que ainda investiga o caso, a suspeita é de que a motivação do crime seja um desacordo comercial envolvendo pagamentos de aluguel da casa invadida.
Momentos depois, a mãe e o filho foram flagrados comprando cerveja, água e refrigerantes, na conveniência de um posto de combustível, quando passavam pela cidade de Matupá, a cerca de 13 km do local do homicídio, durante a fuga, no domingo (21). Uma câmera de segurança da conveniência registrou o momento em que a suspeita apressou a atendente, enquanto falava ao telefone.