Segundo o padre Deusdedit Almeida, sacerdote responsável pela administração da Catedral Basílica da capital, a imagem que sofreu a queda trata-se de uma réplica e a original segue mantida em segurança.
O Padre Deusdédit de Almeida, sacerdote responsável pela administração da Catedral Basílica de Cuiabá, esclareceu em entrevista que a imagem que foi destruída após sofrer uma queda durante uma missa na Catedral, nessa segunda-feira (1°), trata-se de uma réplica e que a original segue mantida em segurança.
O sacerdote explicou que a estátua original não é utilizada em missas ou procissões, justamente para que haja estragos. Segundo ele, é muito difícil encontrar pessoas para carregar o andor com uma altura parecida, evitando a causa de possíveis desequilíbrios.
O padre ainda contou que a igreja tem recebido muitas mensagens de carinho e também de preocupação. Ele disse que ainda não sabe ao certo quem será o artesão que fará o restauro, mas que muitas pessoas estão dispostas a ajudar.
“Há muitos fiéis querendo colaborar. O nosso povo cuiabano é muito generoso. Muitas pessoas têm entrado em contato. Nós temos ótimos restauradores aqui na cidade que poderão nos ajudar. O importante é que ninguém se machucou”, disse o padre.
A imagem original do Senhor Bom Jesus, que chegou na capital em 1729, fica guardada, envolta em uma redoma de vidro. A réplica foi produzida por um artesão de Minas Gerais e era usada desde 2016.
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Imagem caindo do andor
Imagem original
O Padre Deusdédit de Almeida contou que a imagem foi trazida para Cuiabá por volta do século 17, durante as expedições dos bandeirantes em busca de minas de ouro, no período colonial.
De acordo com o sacerdote, os bandeirantes portugueses eram muito religiosos e traziam consigo a imagem Senhor Bom Jesus. Segundo ele, a imagem original, que é feita de madeira, veio de Sorocaba (SP) e permanece até hoje acompanhando o povo cuiabano.