O deputado Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), vai agendar, nesta semana, uma visita com o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, nas escolas estaduais Luiza Soares Boabaid, no bairro Nova Jangada, e Maximiana do Nascimento, da comunidade Minhocal, ambas em Jangada, (a 70 quilômetros da Capital).
Botelho quer debater com comunidade e governo os impactos negativos que o fechamento das escolas provocará na região. Na semana passada, uma comitiva com 350 pessoas, entre pais, diretores e alunos recorreram a Botelho, para impedir que o governo encerre as atividades dessas escolas.
“Vamos marcar com o secretário Alan Porto, ainda nesta semana, para ir lá em Jangada conversar com toda a comunidade, chegar ao consenso para não fechar essas escolas”, disse Botelho, ao defender que as comunidades sejam ouvidas.
O prefeito de Jangada, Rogério de Oliveira Meira e a vice-prefeita Marcela Mendes recorreram a Botelho para intermediar a negociação com o governo. Meira ressaltou que o apoio dos parlamentares é fundamental para aliviar os impactos na vida dos estudantes do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos – EJA, além dos profissionais da educação.
“Estamos dialogando com os parlamentares para que permaneçam essas escolas, que tenham esse diálogo com o governador Mauro Mendes e com o secretário Alan Porto”, pediu o prefeito Rogério Meira.
Faustino Aparecido da Silva, diretor da Escola Estadual Maximiana do Nascimento, que atende 177 alunos (além das salas anexas), lamentou a posição do governo de querer fechar a escola que foi fundada há mais 60 anos. A direção da subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Jangada também participou da comitiva na ALMT.
O diretor explicou que toda a comunidade está preocupada com a situação, os alunos deverão ser transferidos para a Escola Benedita Augusta Lemes, mas que, segundo Silva, não comporta a demanda.
Outro problema, segundo Faustino, é que muitos terão que enfrentar longa distância até a escola mais próxima. Muitos vão ter que levantar às 3h da madrugada para conseguirem chegar às 7h na escola. Além disso, mais de 60 pessoas ficarão desempregadas. “Se não tiver um deputado igual o Botelho, teremos muito prejuízo. Quem fez esse plano de readequação das escolas não conhece a nossa realidade”, afirmou o diretor.
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