O governador Mauro Mendes (União) fez duras críticas ao Judiciário após a decisão que permitiu a progressão de Jonas Souza Gonçalves Júnior, o “Batman”, um dos líderes da maior facção criminosa de Mato Grosso.
Jonas rompeu a tornozeleira eletrônica três dias depois de sair da cadeia. Por causa disso a Justiça decretou novamente sua prisão e cassou a progressão de regime. Ele agora é considerado foragido.
“É lamentável. Mais episódio desse prende e solta que a gente vive sofrendo em Mato Grosso e provavelmente no Brasil inteiro”, afirmou à imprensa.
“A polícia empreende esforços gigantescos, os nossos policiais se colocam em posição de risco para prender meliante, bandido, vagabundo e daí a pouco a Justiça solta porque a lei é frouxa ou porque o Judiciário está interpretando de forma equivocada a legislação”, completou.
A progressão de regime do faccionado foi concedida pela juíza Cristhiane Trombini Puia Baggi, do Núcleo De Atuação Estratégica (NAE). Uma das justificativas usadas foi o “ótimo comportamento” de “Batman” na cadeia.
O governador, que reiteradamente critica as “leis frouxas” do país, afirmou que quer marcar uma reunião com o Judiciário para debater sobre o caso de “Batman”.
Mendes ainda afirmou ser praticamente “impossível” recapturar o líder de facção caso ele tenha fugido para o Rio de Janeiro, como foi relatado.
“Acredito que nós temos que ter um diálogo com o Judiciário. Porque olha só: um cara preso, solta, no outro dia ele rompe a tornozeleira e foge. É óbvio que esse cara não estava em condições de ser solto. Temos que saber por que soltou e vamos ter essa conversa com Judiciário”, disse.
“É um retrabalho quase impossível. Ele vai, sobe na favela do morro… Como vamos entrar na favela do morro para tirar bandido ali de dentro? Impossível quase”.
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