O governador Mauro Mendes (União) se mostrou totalmente contra uma nova intervenção estadual na Saúde de Cuiabá, a 20 dias do início do mandado do novo prefeito eleito, Abílio Brunini (PL).
Segundo ele, a população já fez a intervenção necessária, que foi retirar o grupo do atual prefeito do cargo.
“Na minha opinião não tem o menor sentido uma intervenção faltando pouco mais de 15 dias para a posse. E não sou eu que decreto intervenção. É o Ministério Público que pede e o Poder Judiciário que decreta. Eu não falo por eles”.
A Saúde de Cuiabá ficou sob intervenção do Estado de 15 de março a 31 de dezembro de 2023, após decisão colegiada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Mendes ainda disse esperar que a gestão de Abílio melhore o desempenho da saúde em Cuiabá e não jogue “nenhum lixo para debaixo do tapete”, se referindo a alguma irregularidade que porventura tenha tido na Pasta na atual gestão.
A possibilidade de uma nova intervenção foi levantada pelo Ministério Público Estadual em razão de problemas como falta de atendimento em unidades de saúde do Município.
Mendes voltou a criticar o prefeito Emanuel Pinheiro e disse que a saúde está vivendo um caos. Ele rebateu a informação de que a gestão municipal estaria sem receber repasses estaduais.
Segundo Mendes, a Capital recebe do Estado e da União para atender as demandas do interior.
“O caos na saúde está configurado. E Cuiabá recebe dinheiro do Estado e da União para prestar serviço como gestão plena com o interior. Não pode, se você recebe um dinheiro para prestar um serviço, você está reclamando para prestar esse serviço”, disse.
“Eu fui prefeito de Cuiabá. Cuiabá recebe dinheiro do Estado e da União para atender o interior. Agora, quer receber e não quer prestar o serviço? Explique essa lógica. Cuiabá é gestão plena, quem está fazendo esse discurso não entende nada de saúde”, acrescentou.
Mendes negou que o Estado tenha faltado com recursos e deixado de cofinanciar a Saúde da Capital. “Vocês acreditam na conversa dele?”, questionou Mendes, se referindo a Emanuel.