O governador Mauro Mendes (União) criticou o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, por minimizar a produção do agronegócio e afirmar que o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) é quem “bota alimento na mesa” dos brasileiros.
Em coletiva à imprensa no dia 30 de abril, o ministro disse que muitos “torcem o nariz”, mas que essa seria a realidade do Brasil. Ele também afirmou que os pequenos agricultores têm papel significativo no abastecimento interno.
“Falar que o agronegócio brasileiro e mato-grossense não contribui para colocar comida na mesa, quem quer que seja, ministro ou qualquer cidadão, mostra completo desconhecimento do que é a cadeia do agronegócio brasileiro”, afirmou Mendes.
Para Mendes, as declarações do ministros pode rivalizar os setores do grande agronegócio e da agricultura familiar, prejudicando o país.
“O agronegócio vai além de produzir milho, produz algodão, carne, uma série de alimentos com grandes valores nutricionais que são colocados à disposição do Brasil e do mundo. Acho que reconhecer a importância de todos nesse país e parar de jogar uns contra os outros seria uma boa medida para a gente construir um país melhor”, afirmou.
Moção de repúdio
Na sessão da última quarta-feira (8), a Assembleia Legislativa aprovou uma moção de repúdio ao ministro pela declaração.
A proposta foi feita pelo deputado estadual Gilberto Cattani (PL), que justificou dizendo que Marinho minimizava os produtores de Mato Grosso ao elogiar apenas o MST pela sua produção.
“Não conheço a essência dos motivos que a Assembleia fez essa nota de repúdio. É um órgão autônomo, um poder constituído e eles têm liberdade para tomar essas decisões, respeitados os princípios constitucionais”, disse Mendes.