Servidora da Sedec participou de duas agendas internacionais para promoção e parcerias com empresas e governos
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) representou o Governo de Mato Grosso em dois eventos, um na China e outro na Índia, nesta semana, para apresentar as potencialidades mato-grossenses e promover parcerias comerciais com estes dois países.
A servidora da Sedec e assessora internacional do Estado, Ariana Guedes de Oliveira, esteve no Fórum Internacional sobre o Desenvolvimento de Zonas de Livre Comércio 2024, realizado entre 17 e 19 de dezembro em Sanya, província de Hainan, na China, e também na Conferência e Expo Mundial de Grãos 2024, em Nova Déli, na Índia. Este evento se encerra na quinta-feira (19.12).
O evento na China reuniu cerca de 400 participantes, incluindo autoridades governamentais, especialistas e representantes de empresas nacionais e internacionais, para discutir a inovação em Zonas de Livre Comércio e oportunidades de cooperação econômica global.
Residente na China, Ariana Guedes participou como palestrante no painel “Criando um sistema de cooperação aberto para benefícios mútuos e desenvolvimento em que todos saem ganhando”, onde destacou as potencialidades de Mato Grosso, a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Cáceres e as parcerias estratégicas com a China.
“Este evento é mais uma oportunidade para apresentar as potencialidades do nosso Estado e reforçar a posição estratégica de Mato Grosso no cenário internacional. Destacamos a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Cáceres, que está quase pronta, para atrair investimentos e fortalecer as cadeias globais de valor. Além disso, temos trabalhado intensamente para consolidar as parcerias estratégicas com a China, que é o principal destino das nossas commodities agrícolas, mas também um parceiro fundamental para o intercâmbio de tecnologias e insumos”, apontou.
O evento é realizado pelo Comitê Provincial de Hainan do Conselho da China para a Promoção do Comércio Internacional, em conjunto com o Centro de Desenvolvimento e Cooperação Comercial do Conselho da China para a Promoção do Comércio Internacional (CCPIT), a Federação Mundial de Zonas Francas e a Escola de Administração Guanghua da Universidade de Pequim.
Conferência na Índia
Durante discurso na Conferência e Expo Mundial de Grãos 2024, Ariana destacou que, em novembro de 2023, o governador Mauro Mendes liderou a primeira missão oficial de Mato Grosso com empresários e indústrias do Estado para a Índia.
A Índia pode se tornar um grande parceiro comercial do Estado com a exportação de commodities, como soja, milho e gergelim, além da importação de insumos e tecnologias pelos brasileiros. Ariana acompanhou uma comitiva da Associação de Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) no evento.
“Nós temos uma delegação brasileira bastante expressiva brasileira. O Estado de Mato Grosso é o maior produtor agrícola do país, com as maiores commodities. A Índia é um mercado de inúmeras oportunidades para Mato Grosso e para o Brasil. Teremos grandes oportunidades de conversar a respeito dessa sinergia e esperamos no futuro próximo recepcionar delegações indianas em Mato Grosso pela parceria que iremos construir neste evento”, disse Ariana.
A conferência é um importante evento agropecuário global, atraindo figuras-chave da indústria mundial sobre o futuro de cereais, grãos, pulses e óleos vegetais. A Índia é um país de maioria vegetariana e vê os grãos como fundamentais para a segurança alimentar em todo o mundo.
No evento, foi abordado o crescimento da indústria de etanol de milho da Índia, que tem pressionado o governo para a abertura para importações de milho transgênico (OGM), uma vez que a Índia não consome produtos transgênicos.
“A produção inteira deles já não atende a demanda do país e são poucas as opções de fornecedores que podem entregar milho não transgênico em grande volume. Desta forma, é possível que se abra esse novo mercado para o milho mato-grossense. Também tem se discutido o crescimento do mercado de óleos vegetais para a indústria de biodiesel indiana abrindo discussão sobre produção e importação de soja transgênica”, finalizou Ariana.