A mato-grossense Bruna Portero Falcão, de 30 anos, descobriu um tumor cerebral grave, com 8 centímetros de diâmetro, após sofrer uma crise de epilepsia na última terça-feira (13), durante uma viagem ao Japão, para visitar parte da família que mora no país. Bruna foi levada às pressas para um hospital na cidade de Nagoia e passou por uma cirurgia de emergência um dia depois do diagnóstico.
Em entrevista, a irmã caçula de Bruna, Isabela Portero, explicou que as duas tem descendência japonesa por parte de mãe, mas a família paterna é de Mato Grosso. Ela contou que mora no Japão desde 2016, no entanto, Bruna vive em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, e tinha planos de passar apenas três meses fora.
Isabela relatou que, neste momento, a irmã está bem, acompanhada da mãe e correspondendo às expectativas médicas de recuperação. Ela disse que, de início, Bruna precisou ficar internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para que não convulsionasse outras vezes.
“Foi desesperador. Pegou todo mundo de surpresa, um baque muito grande. Estava tudo bem e de uma hora para outra encontraram um tumor na cabeça dela. A gente sempre vê imprevistos de saúde acontecendo com os outros, mas nunca imaginamos que vá acontecer na nossa família, disse Isabela.
A médica Yoko Kato, responsável pelo cuidado de Bruna, explicou que o tumor estaria ‘comprimindo’ o cérebro da garota e, por isso, a cirurgia precisou ser feita o mais rápido possível. De acordo com Isabela, a irmã não apresentava sintomas, apenas alguns episódios de dores de cabeça. Segundo ela, não há casos semelhantes na família.
A especialista acredita que, pelo estado como a paciente chegou na unidade saúde, o tumor pode ter começado a se desenvolver ainda quando Bruna tinha 16 anos. É como se o corpo de Bruna tivesse ‘se acostumado’ com o tumor.
A médica ainda disse que, como o tumor estava localizado em uma parte não tão complicada do cérebro, as chances de sequelas são mínimas.
Nas redes sociais, Isabela e outros familiares de Bruna relatam o ocorrido pedem ajuda para custear as despesas hospitalares.
Ela explicou que, como Bruna foi para o Japão apenas como turista, ela não tem direito ao Zairyu Card , um documento que permite a criação de uma espécie de seguro saúde no país.
Até o momento, os valores das despesas estão estimados entre 4 a 5 milhões de ienes, – moeda oficial do Japão – que em reais equivale a cerca de R$ 185 mil.
“O valor vai aumentando diariamente conforme as necessidades de medicamentos e tratamentos, então nós ainda não sabemos qual vai ser o valor final”, relatou Isabela.
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