Marcio Ferreira Gonçalves, de 45 anos, estava preso e foi indiciado pela Polícia Civil por suspeita de participação no crime. O MP já havia pedido a soltura do investigado.
Marcio Ferreira Gonçalves, de 45 anos, marido de Ines Gemilaki, suspeita de matar dois idosos, foi solto, nesta terça-feira (7). A mulher e o filho Bruno Gemilaki Dal Poz, de 28 anos, invadiram a casa das vítimas em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá, no dia 21 de abril. Um padre também ficou ferido.
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) já havia pedido a soltura de Marcio. Ele foi indiciado pela Polícia Civil por suspeita de participação no crime.
Segundo a decisão, a defesa de Marcio alegou que a prisão preventiva dele foi decretada erroneamente e que a pessoa que aparece nas imagens das câmeras era, na verdade, irmão de Márcio.
“Não mais vislumbro a presença das hipóteses que justifiquem a manutenção da prisão preventiva do acusado, isto porque não há indício suficiente de autoria”, diz trecho do documento.
Ines, Bruno e o cunhado da mulher, Eder Gonçalves Rodrigues, de 40 anos, foram denunciados pelo MP por duplo homicídio e tentativa de homicídio.
O Ministério Público pediu ainda ao pagamento de mais de cerca de R$ 2 milhões em favor dos familiares da vítima Pilson Pereira da Cruz (R$ 1 milhão), Rui Luiz Bogo (R$ 700 mil), José Roberto Domingos (R$ 150 mil) e mais um pessoa vítima do atentado.
Cabe à Justiça analisar a denúncia e decidir se acolhe ou não os pedidos.
Ines, Bruno, Eder e Márcio estão presos desde o dia 23 de abril, dois dias após o crime.
Entenda o caso
Mãe e filho são suspeitos de matar idosos
Imagens de duas câmeras de segurança mostram que ao menos oito pessoas estavam na casa, quando a mulher entrou atirando. O filho foi ao quintal e também efetuou disparos. Ines, que aparece de blusa azul, estava com uma pistola, e Bruno, de branco, estava com uma espingarda calibre 12.
Em outro trecho do vídeo, mãe e filho apareceram fugindo, carregando as armas de fogo.
Para a polícia, que ainda investiga o caso, a suspeita é de que a motivação do crime seja um desacordo comercial envolvendo pagamentos de aluguel da casa invadida.
Momentos depois, a mãe e o filho foram flagrados comprando cerveja, água e refrigerantes, na conveniência de um posto de combustível, quando passavam pela cidade de Matupá, a cerca de 13 km do local do homicídio, durante a fuga, no domingo (21). Uma câmera de segurança da conveniência registrou o momento em que a suspeita apressou a atendente, enquanto falava ao telefone.