Três homens foram presos e três adolescentes foram apreendidos, nessa quinta-feira (26), por suspeita de envolvimento na morte das irmãs Rayane Alves Porto, de 25 anos, candidata a vereadora de Porto Esperidião, a 358 km de Cuiabá, e Rithiele Alves Porto, de 28 anos. A Operação Circus cumpriu seis mandados de busca domiciliar, três de apreensão de adolescentes e três de prisão.
O caso aconteceu no dia 14 de setembro e, segundo a investigação da Polícia Civil, o crime não teve motivação política. Segundo o delegado responsável pela o caso, Fabrício Garcia Henriques, até o momento, 16 pessoas já foram presas, sendo oito adultos presos e oito adolescentes apreendidos.
“Em 10 dias, identificamos todos os suspeitos e apuramos todas as circunstâncias do fato”, destacou.
Uma das suspeitas do que teria motivado o crime é uma foto que as vítimas teriam tirado no Rio Jauru, simbolizando um número associado a uma facção rival. Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que as irmãs, o irmão das vítimas e o namorado de Rithiele sendo levados ao cativeiro pelos criminosos.
Ainda de acordo com a polícia, as penas podem ultrapassar 120 anos de reclusão para os adultos presos. O crime de extorsão mediante sequestro com resultado morte tem a pena mínima estabelecida em 24 anos.
No dia 14 de setembro, os irmãos foram sequestrados até um cativeiro pelos suspeitos. Imagens de câmera de segurança mostram as irmãs, o irmão das vítimas e o namorado de Rithiele sendo levados pelos criminosos, onde foram torturados por cerca de 3 horas, segundo o delegado responsável pelo caso, Higo Rafael, da regional de Cáceres.
No local do crime, a polícia encontrou o irmão das vítimas gravemente ferido, com um dos dedos e a orelha cortados. Ele também apresentava ferimentos de facada na região da nuca.
Em outros cômodos da casa, foram encontrados dedos e cabelos de uma das irmãs. Já no último quarto à direita, estavam os corpos de Rayane e Rithiele, que apresentavam sinais de tortura por arma branca e tiveram os cabelos cortados, segundo a Polícia Militar.
Durante o depoimento na delegacia, o namorado de um das irmãs relatou que só conseguiu fugir do cativeiro após pular o muro. Ele contou que sofreu uma sessão de torturas, tanto psicológicas quanto físicas, pelos agressores, que se identificaram como membros de uma facção criminosa.
Após do crime, quatro dos suspeitos pegaram um táxi e se hospedaram em um hotel da cidade. Depois, fizeram compras em uma loja.
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