O rebanho bovino cresceu pelo quarto ano seguido no Brasil e já ultrapassa o número de pessoas. São mais de 234,4 milhões de cabeças de gado no país, o maior contingente da série histórica. Os moradores do país, no entanto, chegam a 203 milhões, de acordo com o Censo 2022.
Os dados do número de bois e vacas no país são da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (21/9).
Em comparação com o ano passado houve um crescimento de 4,3%, o que fez o número de cabeças chegar a 234,4 milhões. Mas o crescimento na produção de gado não ocorreu só entre os bovinos, a pesquisa mostrou que todos os efetivos animais apresentaram crescimento, à exceção de codornas (-8,2%).
Houve crescimento de bubalinos, 3,0%; equinos, 0,9%; caprinos, 3,9%; ovinos, 4,7%; galináceos, 3,8%; e galinhas, 2,4%. Teve recorde nas produções de mel, que cresceu 9,5%, e de ovos de galinha, com alta de 1,3%.
O rebanho bovino cresceu em todas as grandes regiões em 2022. Mato Grosso lidera com 34,2 milhões de cabeças, o que representa 14,6% do efetivo nacional. Em seguida, vem o Pará (10,6%), ultrapassando Goiás (10,4%). No ranking municipal, São Félix do Xingu (PA) manteve a liderança, alcançando 2,5 milhões de cabeças.
A produção de peixes chegou ao maior nível da série, com 617,3 mil toneladas. O destaque vai para a produção de tilápia, que representou 66,1% do total de peixes produzidos. O valor de produção total também apresentou aumento (16,4%), chegando a R$ 5,7 bilhões. O Paraná, maior produtor de peixes, produziu 27,1% da produção nacional e 75,7% da Região Sul.
A criação de camarão foi de 113,3 mil toneladas, com alta de 5,9% frente ao ano anterior. A produção está concentrada no Nordeste (99,6%), destacando-se o Ceará, o Rio Grande do Norte e a Paraíba, com 54,1%, 22,2% e 6,4% da produção, respectivamente. Aracati (CE) liderou o ranking de municípios, com a produção de 12,7 mil toneladas ou 11,2% da produção nacional.
A produção de leite foi estimada em 34,6 bilhões de litros em 2022, que significa uma redução de 1,6%. A produção tem sido decrescente desde 2020, quando alcançou o recorde da série de 35,3 bilhões de litros.
O número de vacas ordenhadas caiu 1% e representou 6,7% do efetivo total de bovinos em 2022, o que pode indicar desinvestimento na produção de leite, estima a pesquisa.
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