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Lotéricas de MT são investigadas pela PF por lavagem de dinheiro vindo do tráfico internacional de drogas

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (6), a Operação Bilhete Premiado, que investiga casas lotéricas por lavagem de dinheiro vindo do tráfico internacional de drogas e corrupção. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em Várzea Grande, Vila Bela da Santíssima Trindade e Pontes e Lacerda.

VIDEO:

As ordens judiciais foram expedidas pela 5ª Vara Federal de Mato Grosso, além do bloqueio de bens móveis e imóveis até limite R$ 106 milhões de reais. A operação tem apoio da Receita Federal.

A PF encontrou mais de R$ 96 mil em espécie em uma lotérica em Pontes e Lacerda — Foto: Polícia Federal

Segundo a Polícia Federal, as casas lotéricas eram usadas para mascarar a origem ilícita do lucro obtido por corrupção e tráfico internacional de drogas.

A PF identificou depósitos de milhões de reais em espécie que evidenciaram que os valores eram incompatíveis com o patrimônio declarado pelos depositantes. Na dinâmica do esquema de lavagem desses capitais, verificou que era comum que os saques fossem realizados no mesmo dia ou nos dias seguintes aos depósitos para dificultar o rastreamento pelas autoridades.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em três municípios de Mato Grosso — Foto: Polícia Federal

Durante o cumprimento de um mandado de busca em uma lotérica em Pontes Lacerda, a 483 km de Cuiabá, foi apreendido mais de R$ 96 mil em espécie.

De acordo com a PF, dentre os investigados pelos depósitos ilegais, há alvos de operações anteriores da PF, como da Operação Ararath, que investigou a prática de “mensalinho” de integrantes da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e da Operação Hybris, deflagrada para coibir a distribuição de drogas na região de fronteira com a Bolívia, em esquema de tráfico internacional de cocaína.

De acordo com a PF, os valores se originam de tráfico internacional de drogas e corrupção — Foto: Polícia Federal

A apreensão de bens e valores vai contribuir para a identificação dos envolvidos e beneficiários do esquema.

O crime de lavagem de bens, direitos e valores prevê pena de reclusão, de 3 a 10 anos e multa.

O Noroeste

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