Audiência pública no Senado Federal debateu na quarta-feira (30), a importância da construção da Ferrogrão , cujos os trilhos vão ligar os 900 km entre Sinop ao Porto de Miritituba, no Pará.
O empreendimento logístico estimado em R$ 12 bilhões foi planejado para escoar a produção de grãos das regiões Centro-Oeste e Norte pelo porto paraense.
O novo corredor ferroviário deverá reduzir em R$ 19,2 bilhões o custo do frete em relação à rodovia e aumentar a arrecadação tributária em R$ 6 bilhões, além de gerar compensações socioambientais estimadas em mais de R$ 735 milhões. Além disso, a conclusão das obras vai diminuir o fluxo de caminhões pesados nas rodovias das regiões Norte e Centro-Oeste.
Os números foram apresentados aos senadores pelo vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária no Senado, Zequinha Marinho (Podemos-PA)
Ele apontou ainda que a Ferrogrão aliviará as condições de tráfego na BR-163, visando diminuir o fluxo de caminhões pesados e os custos com a conservação e a manutenção. O transporte ferroviário de carga apresenta alto potencial de redução nas emissões de carbono pela queima de combustível fóssil. Esse potencial de redução possibilita que o empreendimento atenda premissas orientadas pelo Climate Bonds Initiative (CBI) para permitir futuras emissões de títulos verdes via instrumentos de crédito.
“Quando você vai para a questão ambiental, a vantagem é extraordinária. Quando vai para a questão econômica e social, a vantagem cresce ainda mais. A Ferrogrão é um projeto necessário para a evolução do país”, afirmou o parlamentar.
O projeto da Ferrogrão integra um complexo logístico que inclui rodovias, portos, hidrovias e ferrovias, no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República.
A importância da construção da Ferrogrão está diretamente ligada ao fortalecimento do setor produtivo brasileiro, especialmente o agronegócio. Além disso, contribuirá de maneira expressiva com o transporte de insumos e fertilizantes agropecuários, significando a redução no custo do frete e, consequentemente, na redução do custo de produção dos alimentos, gerando comida mais barata para os brasileiros.