A Justiça de Mato Grosso determinou a suspensão provisória do fechamento da Escola Estadual União e Força, em Cáceres, a 250 km de Cuiabá, nesta terça-feira (17). No mês passado, após tomarem conhecimento de que a escola seria desativada pelo Governo do estado, alunos simularam o ‘velório’ da unidade, com direito a caixão e coroa de flores.
Na época, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que não se trata de um fechamento da unidade, e sim de um redimensionamento, pois a Escola União e Força não pertence à rede estadual, mas à maçonaria.
A imprensa, a Seduc disse que não irá se pronunciar sobre a decisão da Justiça.
A liminar requerida pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) estabeleceu o prazo de três meses para que o Estado comprove que a Escola Onze de Março, para onde os alunos serão transferidos, possui projeto contra incêndio e pânico e estruturas em perfeitas condições. Além disso, será preciso comprovar que não haverá superlotação nas salas de aula e que os alunos continuarão recebendo o mesmo atendimento e recursos.
O documento determina ainda, que atividades temáticas e projetos envolvendo cultura, jogos e leitura não sejam suspensos. O Estado deverá apresentar os apontamentos feitos até o término do prazo estabelecido, sob pena de multa.
A Diretoria Regional de Educação de Cáceres alegou ao MPMT, que o fechamento da escola seria por motivos de força maior, uma vez que o imóvel é alugado e possui problemas estruturais, como infiltrações.
No entanto, a ação possui fotos comparando ambas as as escolas, e de acordo com o MPMT, a União e Força possui melhor estrutura.
Pais, alunos, professores e funcionários da unidade organizaram um abaixo-assinado solicitando que as autoridades reconsiderem o fechamento, alegando que a decisão não representa apenas uma perda para a comunidade escolar, mas também para a história de Cáceres.
De acordo com o documento da Seduc, escolas em 20 municípios de Mato Grosso passarão por mudanças, após realizações de visitas durante o ano, para avaliar aspectos como a incapacidade de atender os alunos em prédios que não apresentam condições de reforma ou que são alugados. As informações devem ser compartilhadas com as Diretorias Regionais de Educação (DRE) e atendidas para o ano letivo de 2025.
Confira a lista de escolas inclusas no redimensionamento 2024/2025:
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